quarta-feira, 23 de março de 2011

RESULTADO DA ASSEMBLEIA PARA TIRADA DE DELEGADOS PARA PLENÁRIA DA FASUBRA

Com 131 pessoas de nossa base, presentes, realizamos a assembleia no dia 23/03/2011 para tirada de delegados para plenária da FASUBRA que ocorrerá no dia 26/03/2011. O coletivo TRIBO de Uberlândia se mobilizou para garantir que os 5 delegados que o SINTET-UFU tem direito de enviar, para a plenária, fossem todos INDIOS(AS).

Durante a assembleia foi realizado um amplo debate sobre a MP-520, fez-se também uma avaliação sobre a visita do presidente dos EUA ao Brasil e também sobre perseguições na UFU, sucateamento no HCU  instaurado pelo atual reitor.


Sobre o indicativo de greve a categoria presente na assembleia analisou que precisa estar mais mobilizada, pois as assembleias com número de aproximadamente 140 trabalhadores, sendo destes uma quantidade de 60 aposentados, não conseguiremos realizar uma greve de peso.

Na tirada de delegados a chapa do coletivo TRIBO obteve 74 votos,
O tal de "tudo" obteve 17 votos...

O Sintet-UFU fez seu dever de casa, trabalhando sempre de acordo com os interesses da categoria.

quinta-feira, 10 de março de 2011

As metamorfoses do capitalismo contemporâneo, o fazer político e o sujeito histórico CUT

Helder Molina
“Nós somos o que fazemos, e sobretudo aquilo que fazemos para mudar o que somos: Nossa identidade reside na ação e na luta. Por isso, a revelação do que somos implica a denúncia daquilo que nos impede de ser o que podemos ser.” (Eduardo Galeano)
Somos sujeitos históricos, a construção de nossa consciência é resultado de processos sociais e interações culturais. Produzimos e somos produzidos historicamente. Sabemos, a história é produto das contradições sociais, econômicas, políticas e culturais inseridas na vida material.
Portanto, a escolha de um objeto de estudo é resultado de fatores objetivos, colocados pelas necessidades, interesses e demandas acadêmicas e profissionais, mas sobretudo,  pelas motivações subjetivas, construídas a partir das experiências vividas e das tomadas de posições ético-políticos diante da realidade que nos cerca.
Um estudo acadêmico, a nosso ver, deve contribuir para transformar concretamente as condições de vida dos trabalhadores – que com sua força de trabalho produzem as riquezas e valores que permitem a existência de uma universidade pública. Nossa pesquisa procurará somar esforços para a luta emancipatória da classe trabalhadora. 
Na nossa trajetória, como na história da classe trabalhadora, nas diversas derrotas e fracassos e nas outras tantas vitórias, sempre esteve presente, embora muitas vezes inconsciente, a advertência de Marx,
“Os homens fazem sua própria, mas não a fazem como querem: não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. 
E justamente quando parecem empenhadas em revolucionar-se a sí e às coisas, em criar algo que jamais existiu, precisamente nesses períodos de crise revolucionária, os homens conjuram ansiosamente em seu auxílio os espíritos do passado, tomando-lhes  emprestado os nomes, os gritos de guerra e as roupagens, a fim de apresentar-se nessa linguagem emprestada. (Karl Marx, O 18 Brumário de Luis Bonaparte, apud Jacob Gorender, 1988,70).
Essa trajetória ético-política implica na construção deste projeto, que  nasce de nossa  trajetória de vida, cuja identidade é o movimento sindical, onde tenho referência, militância política, atividade profissional. Meu estudo de mestrado foi sobre os projetos e concepções de educação desenvolvidos pela CUT na década de 1990, década da ofensiva neoliberal no mundo do trabalho, da ofensiva do desemprego e da destruição dos direitos dos trabalhadores.
Trabalho com formação política há mais de 15 anos, no movimento sindical e em movimentos sociais, e em projetos de educação de jovens e adultos trabalhadores, em sindicatos e nos projetos da CUT nacional. Desenvolvo assessorias e consultorias de formação e planejamento
 Diferentes análises abordam a crise, ou da perda, de identidade do sindicalismo. A ofensiva neoliberal nos anos 90 e sua lógica destrutiva produziu profundos e extensos estragos nas economias, nas sociedades e principalmente nos movimentos sociais organizados no Brasil e no mundo. Dentre estes, os sindicatos sofreram profundas derrotas. O campo combativo e classista que se forjou na década de 1980.
A CUT não ficou imune a essa ofensiva.  A maioria de suas lideranças ficou dividida entre a perplexidade, a resistência fragmentada e a adesão propositiva a alguns pressupostos da nova ideologia 
A fundação da CUT Brasil  foi produto histórico da luta organizada de um múltiplo e diversificado leque de forças sociais e políticas  que resultou num amplo movimento de contestação e combate ao regime militar, suas doutrinas e práticas violentas e autoritárias e pelo resgate do Estado democrático de direito. 
A  existência da CUT significou, no campo sindical,   um rompimento concreto com os limites da estrutura sindical oficial corporativa, e um profundo avanço dos trabalhadores na conquista de direitos humanos, civis e sociais. 
Um dos principais obstáculos à consolidação das políticas neoliberais do grande capital internacionalizado no Brasil foi, sem dúvida alguma, a  resistência dos trabalhadores, especialmente os setores mais organizados e combativos, com experiências acumuladas de lutas, reunidos em torno da CUT. 
Para as classes dominantes, era urgente  construir uma ferramenta que fosse  instrumento de disputa de hegemonia dentro do próprio mundo do trabalho. Não bastava só atacar os sindicatos e as organizações populares, era necessário disputar no próprio campo. 
Diante das metamorfoses contemporâneas do capitalismo complexidade coloca aos sindicatos e à CUT um conjunto de exigências políticas imediatas, propriamente sindicais, combinadas com políticas de cunho estratégico, de macro alcances sócio-econômicos e político-culturais, com relevância e urgência. 
As tarefas políticas dessa agenda envolve uma rede de temas, como a organização dos trabalhadores por locais de trabalho, um novo padrão de negociação e contratação coletiva, a constituição da verticalidade da CUT por ramos produtivos e a horizontalidade por temáticas relacionadas ao mundo do trabalho, sociedade e desenvolvimento econômico, social e cultural, tais como a reforma agrária, as reforma tributária e fiscal, políticas sociais concretas e abrangentes no sentido de ampliar o acesso ao saneamento ambiental, saúde, educação, habitação, segurança pública e seguridade social.
Janeiro de 2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

The Economist prega guerra contra funcionários públicos

Em um informe publicado dia 8 de janeiro, a revista anunciou a "próxima batalha" liberal: o confronto com os sindicatos do setor público. A tese da revista pode ser resumida em três pontos: os Estados europeus enfrentam déficits públicos abismais; para reduzir o gasto, é preciso reduzir efetivos, salários e sistemas de pensões dos funcionários; os governos ganharão a opinião pública incentivando a denúncia dos “privilégios” (em especial a estabilidade no trabalho) dos “acomodados” do setor público. Em nenhum momento o informe recorda que os déficits públicos são em grande parte consequência das ajudas colossais aos bancos e outros responsáveis pela crise atual. O artigo é de Bernard Cassen.

A revista The Economist é onde são expostas com maior radicalismo – e também com talento – as teses ultraneoliberais. É conhecida a grande influência que este semanário britânico exerce sobre as autoridades políticas, influência esta que vai muito além do mundo anglosaxão. O queThe Economist preconiza transmite-se frequentemente para as políticas dos governos, em primeiro lugar na Europa. Por isso, é preciso levar muito a sério a capa da edição de 8 de janeiro passado e o conteúdo do informe especial: “A próxima batalha. Rumo ao confronto com os sindicatos do setor público”.

A tese da revista é de uma simplicidade evangélica e pode ser resumida em três pontos: a) todos os Estados europeus enfrentam déficits públicos abismais; b) para reduzir o gasto público, é preciso reduzir os efetivos, os salários e os sistemas de pensões dos funcionários; c) os governos ganharão com maior facilidade a opinião pública incentivando a denúncia dos “privilégios” (em especial a estabilidade no trabalho) dos “acomodados” do setor público, que supostamente vivem a custa do conjunto dos contribuintes.

Em nenhum momento o informe recorda que os déficits públicos são em grande parte consequência das ajudas colossais aos bancos e outros responsáveis pela crise atual. Tampouco que estes déficits aumentaram devido aos presentes sob a forma de isenções fiscais outorgadas aos ricos. Nem sequer se deixa claro que, em troca de seu salário, os funcionários prestam serviços indispensáveis para o bom funcionamento da sociedade. 
Em particular os professores, atacados muito especialmente neste informe. 

O jornalista que escreveu um dos artigos deve estar muito desinformado sobre as reais condições de trabalho dos professores para ter coragem de escrever que “65 anos deveria ser a idade mínima para que essa gente que passa a vida em uma sala de aula se aposente”.

The Economist festeja que vários governos europeus – dois deles dirigidos por “socialistas”, Grécia e Espanha – tenham rebaixado os salários de seus funcionários e que, em toda a União Europeia haja “reformas” – seria mais justo falar de contrarreformas dos sistemas de pensões já realizadas ou em vias de realização.

Por ideologia, os liberais são hostis aos funcionários e demais assalariados do setor público. Em primeiro lugar porque privam o setor privado de novos espaços de lucro. Em segundo porque, protegidos por seu estatuto, podem ser socialmente mais combativos que seus companheiros do setor privado, até o ponto de que, às vezes, fazem greves “por delegação” e representam os trabalhadores do setor privado que não podem fazê-las. 

Esta solidariedade é a que os governos querem destruir a todo custo para reduzir a capacidade de resistência das populações contra os planos de ajuste e de austeridade implementados em toda a Europa. Os déficits públicos constituem assim um pretexto inesperado para modificar as relações sociais conflitivas em detrimento do mundo do trabalho.
Defender os serviços públicos é defender o único patrimônio do qual dispõem as categorias mais pobres da população. A aposta na caça aos funcionários públicos e a seus sindicatos proposta por The Economist não é apenas financeira. É política ou ideológica.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

É urgente a ampliação do debate de nossos problemas

Tempos difíceis, em especial para o Hospital de Clínicas de Uberlândia, que segue envolvido em uma das maiores crises da sua história. O fechamento da UTI Neonatal, causado pela contaminação de duas crianças, aumenta os já conhecidos problemas de escassez de recursos na área da saúde. No Pronto Socorro foi instituída a rotina de fechamento, deixando a população em desespero. Continuam faltando roupas e material de limpeza de qualidade.

A imprensa local noticiou que a nova UTI só será aberta em junho. O teto desabou novamente, não aguentou as chuvas!!! O Diretor nome de imperador pediu, Deus fez o diagnóstico: "não apta a receber e tratar dignamente pacientes que necessitam de tratamento intensivo".

Apesar dos inúmeros problemas, a gestão continua a mesma, impregnada por um autoritarismo absurdo e ultrapassado.

As relações dos gestores locais, em sua maioria, evidenciam o profundo desrespeito e desprezo para com aqueles que no hospital trabalhavam e, indiferentes a crise, continuam sua caminhada. De vez em quando, uma festinha, porque afinal ninguém é de ferro!

A UFU não ficou bem na classificação da avaliação dos cursos realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A nota obtida foi 4, numa escala de 1 a 5. Quatro universidades mineiras alcançaram o índice máximo, inclusive instituições muito mais novas que a nossa, a exemplo a Universidade Federal do Triânglo Mineiro (UFTM), em Uberaba.

Adormecida, a comunidade universitária parece não se dar conta de sua responsabilidade frente as dificuldades atuais de nossa universidade.

Com grande preocupação o sindicato, SINTET-UFU, sente a urgência da amplificação do debate de nossos problemas, na busca responsável de novos horizontes.

Breve relato sobre a luta pela carreira

A luta de classes é constante na busca por transformações na sociedade e na forma de ver o mundo. Consequentemente com essa transformação principalmente para que a classe trabalhadora perceba o quanto é importante a nossa insistência, as mudanças não ocorrem por acaso, são resultado de muita coragem e disposição daqueles que não desistem, muitas vezes sem apoio da categoria coloca-se a disposição de continuar trabalhando rumo as conquistas.

Durante a década de noventa trabalhamos muito na construção do modelo da carreira que consideramos a melhor para os trabalhadores da educação. Começamos essa construção junto com o Sindicato Nacional dos Docentes (ANDES), mas no fi nal da década, com a ambição de vários, na lógica que o Governo FHC propunha de manter no Estado somente os docentes com as tais das carreiras típicas de estado, houve uma ruptura e nós os técnico-administrativos passamos a elaborar um plano somente para os técnicos; incluindo aí todos os trabalhadores das IFE’s e Escolas Técnicas e Agrotécnicas.

Em 2001 após muita luta, culminando com uma greve acirrada, o governo FHC assina acordo conosco prometendo implementar nossa carreira, sabíamos que  não era porque ele é bonzinho, era período eleitoral.

Com a entrada do Governo Lula, no começo de 2003, começou nossa mobilização para que de fato vançássemos para o começo da implementação da Carreira. Depois de muita luta conseguimos em 2004 fechar no acordo de greve sua aprovação, com várias alterações da nossa proposta original, mas avançamos.
  
Em 2007 conseguimos fechar um acordo para em três anos avançar no que já tínhamos; foram editadas as tabelas para 2008, 2009 e 2010.

O importante é lutarmos para que nossa Carreira passe a ser tratada como política de Estado. Temos que continuar lutando para garantir no mandato da Presidenta Dilma a consolidação do que queremos, como por exemplo: step de 5% e três salários mínimos de piso, como também a reestruturação dos cargos e outras demandas inerentes a uma Carreira de fato para que qualquer governante, que esteja no poder, seja obrigado a cumprir o que esta na Lei.

2011, ano de muitas batalhas já anunciadas

A edição da Medida Provisória nº 520, de 31 de dezembro de 2010 autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. (EBSERH), com muitas implicações para todos os Hospitais Universitários.

De acordo com o artigo 3º da Medida Provisória, a EBSERH terá por finalidade a prestação de serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar e laboratorial à comunidade, assim como a prestação, às instituições federais de ensino ou instituições congêneres, de serviços de apoio ao ensino e à pesquisa, ao ensino – aprendizagem e à formação de pessoas no campo da saúde pública.”

O Decreto nº 7423, também de 31 de dezembro de 2010,  “regulamenta a Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994, que dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio, e revoga o Decreto nº 5.205, de 14 de setembro de 2004.”

As medidas anunciadas recolocam o debate, mais uma vez, da concepção do Estado. A manutenção da flexibilização das relações de trabalho, com a terceirização nas Universidades, através de parcerias com Fundações de Apoio privadas, Empresas de Terceirização e, por último, com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), aprofunda as contradições existentes na formatação do estado brasileiro.

Quais são as implicações das recentes medidas para o Hospital de Clínicas de Uberlândia? Quais as implicações para os servidores e para os trabalhadores da FAEPU?  Quais serão os impactos na assistência prestada à população? Essas e muitas outras indagações serão respondidas na análise criteriosa que o SINTET-UFU está fazendo juntamente com a FASUBRA (leia a íntegra da análise em nosso portal www.sintetufu.org).

A  gravidade do momento exigirá de todos um esforço adicional no sentido da manutenção de ampla mobilização.

sábado, 5 de março de 2011

Afirmar o projeto dos trabalhadores e disputar hegemonia: Os trabalhadores e o movimento sindical diante do Governo Dilma

Helder Molina (*)

Tempo novo na agenda política dos trabalhadores. Tempo novo, novos desafios, velhos dilemas, novas batalhas. Tomaram posse os novos governadores, os deputados estaduais e federais, e 2/3 dos senadores e o novo governo federal.

A vitória política e eleitoral de Dilma, contra a moral obscurantista, a mentira, a calúnia, o preconceito, o privatismo e a direita, é a vitória de um projeto que defende os interesses da maioria dos trabalhadores, de conteúdo democrático e popular, construído pelos(as) trabalhadores(as) nestes últimos quarenta anos, de resistência e enfrentamento à ditadura militar e o neoliberalismo, sobretudo a afirmação da força política e da consciência ativa de milhões de trabalhadores jovens e adultos,  homens e mulheres,  na luta pela conquista de direitos, ampliação da democracia, avanço nas políticas sociais. Um governo que terá à frente uma mulher, pela primeira vêz na história brasileira, depois de um operário e sindicalista.

Os trabalhadores e suas organizações sindicais devem apoiar tudo que for positivo, no resgate do papel do Estado, dos serviços públicos, e dos servidores públicos, na manutenção e ampliação dos direitos sociais, econômicos e políticos da classe trabalhadora, como redução da jornada de trabalho, aumento real do salário mínimo e dos aposentados, distribuição de renda, aprofundamento nas políticas sociais de saúde, educação, saneamento, moradia, cultura.

Vamos resistir e lutar contra, nas ruas, contra qualquer ataque aos direitos conquistados, e a redução dos investimentos públicos e privatização do Estado, como querem os empresários e a mídia colonializada e colonialista.

Nesse contexto, nosso lado é o dos trabalhadores. O movimento sindical não pode perder a independência de classe, e a autonomia política, e a liberdade de manifestação e luta. Mesmo sendo um governo aliado dos movimentos sociais, a nossa força está na luta, na mobilização, na organização autônoma, em relação aos governos, ao Estado e aos patrões, sejam eles públicos ou privados.

Vamos continuar mobilizados, organizados, lutando, para fazer o governo avançar à esquerda, e atender aos trabalhadores, não aos empresários e à mídia privatista que criminaliza os movimentos sociais.

Na agenda de luta dos trabalhadores devem constar a reivindicação de importantes reformas. A reforma política, que enfrente a fragmentação política, a corrupção eleitoral, a infidelidade partidária. A reforma tributária, taxando as grandes fortunas e o capital financeiro, e reduzindo os impostos sugados dos trabalhadores a serviço do grande capital.

O governo deve enfrentar o problema da previdência social, punindo os sonegadores, acabando com a corrupção nos pagamentos de benefícios, acabando com o fator previdenciário, e não retirando nenhum direito atual dos aposentados e pensionistas, ao contrário, ampliando esses direitos, e desenvolvendo políticas de geração de empregos formais, particularmente aos jovens,  para aumentar a contribuição solidária da previdência.


Os movimentos sociais, particularmente os sindicatos, foram decisivos para a vitória contra o candidato do atraso, do retrocesso, da privatização do Estado e das políticas públicas,  e da mídia golpista.


A militância sindical, estudantil, popular, democrática e progressista, sejam nos movimentos sociais ou nas universidades, tomaram nas mãos a campanha de Dilma no segundo turno, e colocaram na pauta dos debates e das ruas a luta contra a privatização, contra a retirada de direitos dos trabalhadores, e principalmente em defesa da democracia, das liberdades públicas e individuais, contra a mentira, a calúnia, o preconceito machista e homofóbico, e contra o projeto da grande mídia de impor sua agenda, sua candidatura e seu projeto de poder.


Estas questões devem pautar a nossa luta, para além do corporativismo, dos salários e do emprego. Ampliar a educação pública, seja nas universidades, com mais recursos e mais vagas, seja nas escolas técnicas e no ensino básico e médio, com mais escolas, mais recursos, mais vagas e com qualidade, para ampliar o direito à educação e ao emprego e renda.


Não reduzir direitos, enfrentar o grande capital, avançar nas políticas estruturais e estruturantes, de distribuição de renda e direitos aos mais pobres, fundamentais nesta vitória da candidatura democrática e popular.


A representação dos trabalhadores aumentou de tamanho e de influência, tanto na Câmara federal quanto no senado, mas só atenderão nossas demandas se fizermos pressão, mobilizarmos, organizarmos ações de rua, de massas.


O governo Dilma será contraditório, um governo de coalizão, que vai da esquerda à direita, passando pelo centro. É produto da correlação de forças políticas e sociais, em disputa no Brasil de hoje.


Qualquer governo está sempre em disputa, o governo Dilma será um governo em disputa, basta ver a ampla coalização formada para elegê-la, uma base formada por partidos ideológicos, programáticos, comprometidos com os trabalhadores, a democracia e a inclusão social, mas também de partidos fisiológicos, pragmáticos, representantes dos intereses dos empresários, e que em alguns momentos e temas  serão aliados temporários dos trabalhadores, noutros, serão adversários, inimigos até. Vamos lutar contra esses partidos, essas políticas, que sejam contrários aos direitos e reivindicações do povo trabalhador.


E, sabemos,  os governos populares precisam, mais ainda, da pressão das massas, dos trabalhadores organizados, para avançar e garantir seus direitos. 


Aprendemos muito nesses anos, afinal de contas, não tem cabimento fugir do jogo, vamos para o jogo, a disputa, o enfrentamento. O governo e o congresso nacional são movidos a pressão, pois há grandes lobbys corporativos dos empresários e dos latifundiários e setores privatistas, que disputam os recursos públicos e evitam avançar os investimentos do Estado para a maioria da população. Vamos para as ruais, fazer mobilizações, greves, enfim, para defender a negociação e o avanço de nossas pautas específicas e gerais. Com Independência política e organizativa, autonomia em relação aos partidos, Estado e patrões, e na luta. Esse é o nosso lado, essa é a nossa história.

Janeiro de 2011

*Helder Molina

Educador e consultor sindical, assessor de formação política da CUT-RJ, professor da UERJ, mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana

sexta-feira, 4 de março de 2011

TRIBO - COLETIVO DE POLÍTICA SINDICAL ATUANTE NA FASUBRA, EM NÍVEL NACIONAL, E ORGANIZADO COMO BASE DO SINTET-UFU

PRINCÍPIOS:
   Solidariedade entre os povos e a classe trabalhadora;
• Crença na democracia dos (as) trabalhadores (as) rumo ao socialismo;
•  Intransigente defesa da ética em todos os níveis;
• Luta contra o neoliberalismo, suas reformas, privatizações, precarização das relações de trabalho e a retirada de direitos dos (as) trabalhadores (as);
• Defesa da organização dos (as) trabalhadores (as) por ramo de atividade, a partir dos locais de trabalho;
• Posição absolutamente contrária ao chamado centralismo democrático, à partidarização do nosso movimento e ao uso de nossas entidades sindicais como aparelho partidário;
•  Defesa da Central Única dos Trabalhadores.


O Coletivo está estruturado em:
:: Direção Nacional e Coordenação Política Nacional: 9 coordenadores (as);
:: Representação nas regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro Oeste.

FORMAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO
No intuito de trabalhar também um programa de formação e conscientização para instrumentalizar a categoria ante os desafios a enfrentar, neste ano de 2011, o Coletivo TRIBO vem realizando Encontros em todas as Regiões do país. O primeiro realizado foi na Região Nordeste e o segundo no Sudeste, na cidade de Juiz de Fora. Esperamos agora a realização de encontros da Tribo no Sul, Centro-Oeste e Norte do país.