terça-feira, 31 de janeiro de 2012

EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA, DIGNIDADE PARA QUEM EDUCA - Entrevista com Helder Molina

Helder Molina (*)

Inicia-se mais um ano escolar, para os(as) que trabalham na educação.
Na íntegra, publico uma entrevista que concedi, a convite, ao jornal FOLHA DIRIGIDA, publicação especializada em concursos públicos, educação, recursos humanos, qualificação profissional, empregos, mercado de trabalho, desenvolvimento.

De grande circulação em várias capitais do Brasil. Plenamente atual, foi publicada em 15/10/2011, dia do professor, num CADERNO ESPECIAL, abordando VALORIZAÇÃO DOS(AS) TRABALHADORES DA ESCOLA PÚBICA, CONDIÇÕES DE TRABALHO, DIGNIDADE PROFISSIONAL, EXCESSO DE TRABALHO, PRECARIZAÇÕES, DIREITOS, SINDICATOS, SALÁRIOS, GREVES, DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA, E O PRAZER DE SER EDUCADOR (A)

FOLHA DIRIGIDA: 1- Qual análise o senhor faz das greves e paralisações feitas pelos professores no Brasil?

Quando os trabalhadores da educação entram em greve e porque já se esgotaram todos os espaços de mediação, os canais de negociação já estão totalmente obstruídos pela intransigência dos governos. Nenhum trabalhador ou trabalhadora gosta de fazer greve, ela é uma medida extrema. Uma greve desgasta todos que vivem e precisam da escola.

Os alunos, os pais, a comunidade, o currículo, o desenvolvimento das atividades pedagógicas, a produção do conhecimento, o planejamento didático, as férias, enfim. Mas a verdade é que, se os professores e funcionários de escola não fazem greve, suas vozes não são ouvidas, suas reivindicações não são seque conhecidas pela sociedade e reconhecidas pelos governos.

Vivemos uma crescente e degradante precarização das condições de trabalho e de salário, principalmente na escola pública. Mas de metade dos professores e funcionários trabalham com contratos temporários, vivem em situação de precarização, são garantias de salários, direitos fundamentais, como férias, 13o terceiro, aposentadoria, previdência, etc. Uma nova escravidão, de salários indignos e condições degradantes de trabalho.

Vejam as condições das escolas, a situação das salas de aulas, faltam equipamentos, materiais. Os concursos públicos são cada vez mais demorados, e só existem a custa de muitas lutas, denúncias, mobilizações dos próprios professores e funcionários. E os concursados ficam meses, até anos, aguardando para serem convocados, e quando são, já praticamente duplicou, ou triplicou, a falta de profissionais, e novamente os governos buscam o "exército intelectual de reserva", isto é, uma enorme quantidade de profissionais que se subordinam a trabalhar por condições precárias e contratos temporários. Por isso todo ano tem que fazer campanha salarial, mobilização, passeatas, paralizações, greves. 

A terceirização, precarização, degradação dos direitos, desvio e má gestão dos recursos, e abandono da escola, este é o retrato da escola, o quadro tétrico que temos que, infelizmente, apresentar no dia do professor. A educação como prioridade é uma demagogia barata nas bocas dos candidatos e governantes. A verdade é que a escola pública ainda resiste porque os trabalhadores que nela estão são convocados, dia apos dia, a resistir e defendê-la.

Hoje a educação é tratada como mercadoria, há uma crescente mercantilização do ensino. A escola privada é um grande negócio de empresários, e a escola pública, na visão empresarial, deve ser gerida baseada na meritocracia, produtivismo, mercantilismo, e outros ismos do neoliberalismo

FOLHA DIRIGIDA: 2- Fazer greve todo ano, no Brasil, já faz parte do calendário das redes públicas? Pode ter virado uma questão cultural?

Não se trata de uma questão cultural, se trata de uma luta por direitos, de um grito dos profissionais da escola. A escola pública é uma conquista da sociedade democrática, da luta contra o elitismo que impera na nossa cultura. Uma conquista de muitos movimentos, dos sindicatos, da cidadania democrática, das organizações populares, dos partidos progressistas.

O povo precisa da escola pública, os trabalhadores só terão acesso ao conhecimento, à ciência, à tecnologia, se existir a escola pública, seja ela fundamental, média ou superior. Os ricos não precisam da escola pública, eles já têm acesso aos bens culturais e educacionais, produzidos pela divisão de classes, pela segmentação dos lucros, pelo acesso ao Estado, enfim.

Não há um calendário dizendo que tem greve anotada na agenda, quem diz isso são os sacerdotes da privataria, os intelectuais que defendem a escola como mercado e a educação como mercadoria. Todos os anos nos planejamos para dar o melhor de nós, produzir boas aulas, fazer o melhor para nossos alunos, desenvolver conhecimentos, enfim. Mas, vejam os salários dos professores e professoras? Vejam os salários dos profissionais de apoio?

Acha que dá apara viver com essa miséria no final do mês? ter que trabalhar em três ou quatro escolas, para poder pagar as contas no final do mês de trabalho? Como se qualificar? trabalhando em tantos lugares, parecendo mascates, peregrinos andarilhos, de ônibus, de trem, de carona, pagando de seu próprio bolso, pois os penduricalhos que pagam como benefício mal dá para pegar ônibus, muitas viajam de carona, ou mesmo a pé.

Dá para falar em questão cultural? quem diz isso não conhece o cotidiano de quem vivem com R$ 800, 00, R$ 900,00 por mês. Nenhum profissional merece condição tão degradante, sem falar no assédio moral, no adoecimento psíquico, na depressão, insônia, angústia por ver a situação da escola como está, na violência que cerca a escola, e a invade e a domina? 

FOLHA DIRIGIDA: 3- Por que estes movimentos ainda são tão ineficazes e pouco rentáveis?

Depende do ponto de vista que se olha. Como disse anteriormente, só existe escola pública porque milhares de profissionais se dedicam a ela, e não é só pelo salário, é pela ideologia da defesa do público, pelo compromisso da garantia do espaço de produção do conhecimento útil aos trabalhadores, aos pobres, único espaço onde os pobres podem sonhar em serem sujeitos, terem futuro.

Pensemos sinceramente: há futuro para os pobres, para os excluídos, se deixam de existir a escola pública? E não se trata de pensar que as greves sejam rentáveis, se trata de lutar pela sobrevivência material, mais que isso, de garantir que o conhecimento, a ciência, a tecnologia seja protagonizada pelos trabalhadores.

E verdade que as greves se arrastam, pois os governos viram as costas, greve de educadores não mexe na taxa de lucros, não produz mais valia, enfim, não se trata de um setor produtivo, do ponto de vista de mercadorias, como uma fábrica, um banco, enfim. Mas se tratam de um setor extremamente importante para a democracia, a cidadania, os direitos sociais.

São eficazes porque denuncia os descasos, os desrespeitos, a escravidão vivida pelos profissionais de apoio, e pelos educadores, nas injustas e indignas condições de vida e de trabalho. Do ponto de vista do mercado, rentável é taxa de juros altos, financeirização da educação, vender ações nas bolsas de valores, trocar professor de carne e osso, por televisão, aulas à distância, tutoria, etc. Não produzimos para o mercado, produzimos para a sociedade, para os setores mais marginalizados, mais abandonados pelo Estado oficial e pela lógica econômica da eficácia e da eficiência.

FOLHA DIRIGIDA: 4- a sociedade ainda é insensível às causas da educação e dos professores?

Há uma espécie de anestesiamento social, de individualismo, de domínio da lógica do consumo, do que vale é o indivíduo, o mérito individual, cada um por si. A lógica da competição, do mercado, do lucro. Vale mais o ter do que o ser. O direito à propriedade está acima do direito à vida. Um banqueiro que lucra 1 bilhão de reais, com juros altos, câmbio e bolsa de valores, não é criminoso, mas um sem teto que pede esmolas na porta de um banco é preso como perigo à propriedade privada e à riqueza individual.

Daí se explica o desprezo pelo público, pelo coletivo, um esvaziamento da esfera pública, a morte da política como bem comum, com vontade geral. Quem pode, paga escola particular, quem não pode, que suporte a degradante escola pública. Greve? coisa de preguiçosos, baderneiros, vagabundos, quem mandou escolher ser professor? O desdém e o desprezo com a "rés” pública, isto é, com a coisa púbica, são grandes aliados da privatização e do elitismo, e da exclusão.

FOLHA DIRIGIDA: 5- O senhor acha que os alunos são mesmo os grandes prejudicados nesta queda de braço entre professores e o poder público?

Não vejo como queda de braços, vejo como uma luta justa por direitos. os alunos são muito mais prejudicados pela falta de professores, pela carência de material, pela degradante condição física da escola atual,, É degradada pela violência, pelo desemprego, miséria social ausência de políticas pública, enfim. Os professores e os alunos não são inimigos, são aliados, parceiros, na defesa da escola pública, inimigos são os que a querem privatizar, ou simplesmente destruí-las, tornar uma escola pobre para os pobres, e outra escola rica, para os ricos, aprofundando o dualismo educacional. 

O poder público, com a lógica privatista, é o grande inimigo da escola pública, da universidade pública, veja o caso da UERJ, onde mais de 50% dos professores são precarizados, com contratos de seis meses, sem direito a pesquisa, sem carreira, sem dignidade profissional, não podem sequer votar nas questões que decidem os destinos de universidade onde trabalham, isso não é uma nova forma de escravidão? escravidão neoliberal, fica bonito falar desse jeito pós moderno

FOLHA DIRIGIDA: 6- Estamos atrasados nas nossas demandas, e também nas formas de reivindicação?

Existem muitas formas de lutas, como abaixo assinados, internet, festivais, corridas. passeatas, enfim. Mas a greve ainda é fundamental, não perdeu a validade, e só nela, infelizmente, saímos da invisibilidade, do ostracismo, sem gritar, morremos, matam-nos a voz, depois a alma, depois podem fechar a escola. Nossa alma está no nosso trabalho, nele nos identificamos.

Produzimos nossas vidas, somos dignos pelo nosso trabalho, amamos ser professores, trabalhamos com a produção do conhecimento, com a produção de subjetividade, sensibilidade, buscamos produzir a solidariedade, a troca que gera vida, quer sentido melhor? semear solidariedade, para gerar vida plena? 

FOLHA DIRIGIDA: 7- É possível fazer um paralelo entre as ações sindicais no Brasil e no exterior?

Sim, os trabalhadores continuam lutando, as crises são dos ricos, dos patrões, dos banqueiros, dos governos que gastam o dinheiro público para salvar e aumentar riquezas privadas, e querem que nós paguemos a conta. Os trabalhadores da educação lutam no Brasil, na América Latina, no mundo, em defesa do direito à educação, pela manutenção da escola pública, dos direitos sociais, dos direitos humanos, enfim, da vida. Só a vida se ela for partilhada. Somos trabalhadores da vida partilhada.

* Helder Molina é professor da faculdade de educação da Uerj, disciplina Educação e Movimentos Sociais, é licenciado e bacharelado em História, pela UFF, e mestre em Educação, pela UFF, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana.
É educador popular e sindical, assessor de formação e pesquisador sindical, estuda no doutorado o tema que vincula trabalho-educação- direitos sociais-sindicalismo e consciência de classe e capitalismo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CURSOS PARA FORMAÇÃO HUMANA, POLÍTICA E SINDICAL < 2012 >


HELDER MOLINA

Assessoria; Formação Política; Produção de Conteúdos; Planejamento; Gestão; Elaboração e Produção de Cadernos de Formação, Apostilas, Conteúdos Didáticos; Produção e Execução de Cursos, Seminários, Palestras, Aulas, Oficinas; Produção de Projetos Sindicais, Planos de Formação Sindical e Popular; Pesquisas e Estudos em Educação Popular, Capacitação Profissional, Movimentos Sociais, ONGs e Sindicatos;

Facebook: helder molina molina


Formação Humana, Política e Ideológica
 Planejamento e Ação Organizada:
Armas e ferramentas para as lutas em 2012



Se muito vale o já feito, mais vale o que será! Diz Milton e Brant.

Toda formação que fizermos, ainda sera pouco diante do que precisa ser feito(a)
Sem o planejamento e a formação humanapolítica, ideológica e sindical, isoladamente, não são chaves para conquistas econômicas e sociais, e emancipação política da classe trabalhadora, sem elas com certeza será mais difícil. Formação é ferramenta, instrumento, alavanca. O que muda o mundo, diz o velho Marx, algumas filosofias só explicam o mundo, a filosofia da práxis deve transformar o mundo. Práxis é a unidade entre teoria e prátrica e teoria, é a ação política consciente e organizada, coletiva, de massas, com projeto estratégico, com capacidade de ação concreta no mundo concreto.

Estaremos juntos em 2012, como estivemos em 2011. Ampliar nossas forças, garantir os terrenos conquistados, avançar além das fronteiras do possível. Batalhas, é de batalhas que se vive a vida, diz Raúl Seixas, então...
Às armas!! ao bom combate!!

CURSOS E SEMINÁRIOS DE FORMAÇÃO POLÍTICA E SINDICAL
ALGUNS TEMAS

Focado mais na atual e próxima conjuntura política, econômica e sindical, na manutenção e defesa dos direitos dos trabalhadores diante da crise do capitalismo, das políticas do novo governo, e das reformas que se avizinham.

1 - Papel dos Representantes nos Locais de Trabalho
e as Tarefas do Militante e Dirigente Sindical.
> Aqui nós focamos na concepção sindical de organização por local de trabalho, seu papel, suas tarefas, como organizar, o que fazer, como melhorar a relação direção>base>direção.
2 - Participação Política, Cidadania e Sindicalismo, hoje!
> Uma abordagem sobre étíca, solidariedade, construção coletiva, relações humanas (interpessoais), prática do(a) dirigente e militante sindical, a questão da participação política e papel dos movimentos coletivos pela cidadania ativa e direitos sociais, gênero, igualdade racial, políticas públicas, e a relação destes com os sindicatos.

3 - Políticas Públicas, Sindicato e Participação Política.

> Uma variante do tema anterior, mais focada no serviço público, papel do Estado (poder público), políticas públicas, participação nos conselhos, fóruns de gestão pública, e a relação entre poder, governo, movimentos sociais e participação política.


4 - Ética, Relações Interpessoais, Gestão e Prática Sindical, hoje:
> Ética, relações interpessoais, trabalho coletivo, respeito à diferença, importância do estudo e da formação para construção de uma ética solidária e participativa, as deformações e burocratizações presentes no sindicalismo hoje, a adaptação do movimento sindical à lógica burguesa da competição, individualismo e pragmatismo.
5 - Negociação Coletiva de Trabalho: Estrutura, processos e simulações da negociação coletiva.
> As estruturas e os processos da negociação coletiva no Brasil.As concepções e as experiências em negociação do movimento sindical. A negociação coletiva no Brasil atual. Simulações dos processos de negociação, os caminhos, avanços e recuos da negociação. O que é negociação coletiva, como se constroe uma pauta, passo a passo, as cláusulas, o que é dissidio, o que é acordo, convenção, e como se negocia, o que se negocia, exercícios práticos de todas as etapas do processo de negociação coletiva (público e privado).

6 - Movimento Sindical e Capitalismo: Origens e atualidade da luta de classes e dos sindicatos

> O modo de produção capitalista, a contradição capital-trabalho, preço, lucro, mais valia, trabalho assalariado, divisão social do trabalho, mercadoria, alienação. Surgimento das lutas operárias, das idéias socialistas e dos sindicatos. Burgueses x proletários. Luta de classes.
> As idéias de Marx e suas contribuições para a luta dos trabalhadores.
> A formação da classe trabalhadora brasileira, a partir do fim da escravidão, do início do capitalismo industrial e do surgimento do trabalho assalariado no Brasil.
> A contribuição das idéias comunistas, socialistas, trabalhistas e anarquistas na formação do movimento operário e sindical brasileiro,
> As diferentes centrais sindicais e organizações operárias que existiram, ou que existem, hoje, no Brasil.
> O sindicalismo na Era Vargas, as heranças do Estado Novo na legislação e na estrutura sindical brasileira. > O sindicalismo na Ditadura Militar,
> O surgimento do novo sindicalismo, da CUT, e os desafios do sindicalismo nos tempos neoliberais. Ideologia e políticas neoliberais, a resistência dos trabalhadores.
> As centrais sindicais: Força Sindical, GGT, CGTB, UGT NCST), CSP/CONLUTAS/INTERSINDICAL e CTB
> As concepções sindicais e o sindicalismo diante da conjuntura atual.
> Sindicalismo, movimentos sociais e governo Lula

7- Construção de Discurso, Linguagem e Prática de Oratória.

> Técnicas de construção de argumentos (produção de textos).
>Teorias e práticas de comunicação oral e/ou escrita para os dirigentes e militantes.
>Tecnicas e exercícios de discursos, persuasão, retórica, argumentação,(com gravação e análise das imagens e som do(a) orador(a).
> O que dizer, como dizer e para quem dizer.
> Meios e contéudos da linguagem.
> A importância do conhecimento, argumento e inguagem.
> Vocabulário de linguagem sindical.

8 -  Como Fazer Análise de Conjuntura: Metodologia e Exercícios

> Identificando e discutindo o que é conjuntura, infraestrutura e superestrutura.
> Os aspectos econômicos, políticos, culturais e sociais que envolvem o contexto em que estamos analisando.
> As classes sociais, a luta de classes, a correlação de forças, os aliados, os parceiros e os adversários.
> Os diferentes movimentos e projetos políticos em disputa na sociedade.
> O papel das mídias, a coerção e o consenso, os interesses de grupos e frações de classe.
> Os aspectos locais (internos) e gerais (externos).
 
9 - Concepção, organização e ação sindical: o sindicato e a organização por local de trabalho

> O que é sindicato e seu papel na sociedade capitalista > O que é ser dirigente sindical, hoje. O que é luta de classes, como se manifesta hoje. A relação sindicato-local de trabalho. A organização sindical de base. As diversas concepções sindicais, hoje: Como diagnosticar os problemas do local de trabalho, Como atuar no sentido de resolve-los, tarefas imediatas, Questões de médio e longo prazo, prazos e responsáveis, A comunicação sindical no local de trabalho, quem resolve, A legislação sindical, CLT, aspectos de saúde, segurança e condições de trabalho.
10 – Metodologia de Gestão Sindical e Planejamento Sindical
Planejamento Estratégico de Gestão

DIAGNÓSTICO: Quem somos (missão, meta)
O que fazemos (mapa das atividades, projetos, frentes de atuação)
Quais recursos temos disponíveis
Humanos (nomes, qualificações e funções)
Materiais (equipamentos, estruturas móveis e imóveis)
Financeiros (orçamento, fontes de receitas)
Políticos (governabilidade, decisão, gestão, capacidade de decidir e agir)
ANÁLISE DA CORRELAÇÃO DE FORÇAS (ALIADOS E ADVERSÁRIOS).
Relacionar e analisar detalhadamente adversários e os aliados, parceiros.
- CONSTRUÇÃO DE UMA ÁRVORE OU UM MAPA DE OBJETIVOS E PROBLEMAS
Localizar e descrever os problemas que impedem a realização de seus objetivos
Localizar, analisar e estabelecer hierarquicamente seus objetivos, por grau de importância
– MAPA OU ARVORE DE AÇÕES ESTRATÉGICAS
Desenhar um mapa ou árvores com as ações consideradas estratégicas, isto é, fundamentais, numa perspectiva de olhar o futuro e agir no presente,
– DESENHAR UM QUADRO DETALHADO DAS AÇÕES (OPERAÇÕES)
Ações de curto prazo, de médio prazo e de longo prazo
Prazos para execução
Responsáveis (quem vai executar ou se responsabilizar por encaminhar a execução)
Supervisão (quem vai garantir que as ações sejam executadas e não caiam no esquecimento). Recursos necessários e disponíveis

11 - Direitos dos Trabalhadores, Processos e Condições de Trabalho e Qualidade de Vida e Assédio Moral

- Modo de produção capitalista, exploração do trabalho e assédio moral
- Lógicas liberal, gestão empresarial, lucro e produtividade
- Conceito de Assédio Moral e suas conseqüência profissionais, físicas e morais.
- Legislação e jurisprudência no enfrentamento do conflito e dano moral.
- Formas de prevenção
- Conseqüências psicológicas e jurídicas do assédio para a vítima,
- Ação sindical contra o assédio moral
- Convenções da OIT

12 - Linguagem e Comunicação Sindical, Oratória e Produção Textual

- Como falar em publico
- Como ler um discurso
- Ascensão pelo vocabulário
- Falando com as mãos e o corpo
- Os inimigos da voz e como enfrenta-los
- Perdendo o medo de falar em público
- O poder da voz: Retórica, vocabulário e argumentação
- Gestos e posturas na hora de falar em público
- Falar em público, um medo que só é vencido pela persistência
- Exercícios e Técnicas de discursos, persuasão, retórica, argumentação,
- Exercícios individuais: O que dizer, como dizer e para quem dizer:
- Simulando assembléias, atos, congressos
- Aprendendo com a prática.


Facebook: helder molina molina



--
helderMOLINA
> assessoria sindical > formação política > planejamento estratégico de gestão >
> consultoria em estudos, projetos e eventos sindicais > produção de publicações >

blog: heldermolina.blogspot.com
emails: heldermolina@ig.com.brprofessorheldermolina@gmail.com
fones: 21 2509 6333 - 21 9769 4933

" a formação poítica é ferramenta estratégica para consciência de classe, organização e ação política dos(as) trabalhadores(as) pela sua auto emancipação"

Negociação coletiva: Arte da mediação, ou cabo de guerra

Por Helder Molina 
Historiador, professor da UERJ, educador/pesquisador sindical
facebook: helder molina molina 

Começa o ano, hora de planejar. Um item que não pode faltar é a próxima campanha salarial, construção da pauta de reivindicações, articulação das estratégias e táticas, mobilização, assembleias, acumulação de forças, e o nosso “exército” (a categoria, a classe) organiza suas “armas” (argumentos, consciência, organização”, para o “cenário” do combate, como “atores” de sua própria história, lutas e conquistas. Hora da negociação coletiva. Complexa, longa, cansativa, que exige criatividade, paciência, organicidade, unidade e disposição de luta, avançar, recuar, avançar de novo. Uma “arte da mediação...ou da guerra”.

Com a constituinte de 1988, que garantiu o direito de organização e representação sindical dosas trabalhadores(as) do setor público, avançamos muito no processo de negociação. Mas os governos ainda não respeitam a entidades sindicais como legítimas representantes dos interesses e direitos dos(as) trabalhadores(as), e continuam tratando os (as) trabalhadores(as) públicos como servos de seus feudos, ou como novos escravos assalariados, no caso do setor privado. E o conflito na maioria das vezes é inevitável.

Na década de 1990, com o advento das políticas neoliberais, houve uma intensificação da flexibilização e confisco dos direitos, precarização das condições e relações de trabalho, e uma busca desenfreada pelas terceirizações. Hoje temos o direito de greve, mesmo ainda não regulamentado, mas temos que recorrer a ele todos os anos, para negociar. A greve é um direito democrático e um instrumento legítimo de pressão assegurado constitucionalmente aos servidores públicos.

A luta sindical abrange diferentes ações como mobilização, greve, articulação, organização, entre outras, e leva, quase sempre, a momentos ou a processos de negociação em que há disputa de interesses. A negociação e conquista dos direitos dos trabalhadores contra o capital e os governos, a luta de classes, a permanente batalha das ideias, o confronto cotidiano entre patrões e empregados negociação, as táticas e estratégias que os trabalhadores constroem para atuarem nos cenários da ação sindical, como atores políticos e sociais, são exemplos concretos do que chamamos de A Arte da Guerra.

Os terrenos da luta de classes são como verdadeiros campos de batalhas. Para enfrenta-lo, os sindicatos devem conhecer e analisar a correlação de forças, ter a definição clara de quem são adversários e aliados nesses processos, ver a força e a disposição de luta de seu exército os trabalhadores e trabalhadoras, e o deles gestores, patrões, governos, eis as condições fundamentais para se encaminhar para uma negociação, mobilização, greve, enfim. Guardadas as devidas proporções, a arte de negociar é uma arte de guerrear.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Planejamento indica novo nome para negociar reajustes

Com a morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, a secretária adjunta Marcela Tapajós e Silva assume, interinamente, as funções de negociar as demandas do funcionalismo público sobre reajustes salariais. O Ministério ainda não informou se ela assumirá o cargo de Duvanier de forma temporária ou definitiva. Os servidores se uniram e ameaçam com uma greve geral caso as conversas com o governo não avancem, como ocorreu ao longo de 2011.

Duvanier faleceu na madrugada de hoje (19), devido a um infarto no coração. O presidente do Sindicato dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Pedro Delarue, lamentou a morte de Duvanier e atribuiu a ele o estabelecimento de um canal de interlocução com o governo.

"Ao longo dos últimos cinco anos Duvanier Paiva atuou como negociador do governo, mas, mais do que isso, foi incansável na construção do diálogo entre o Poder Executivo e os servidores públicos federais", afirmou, em nota. O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado de São Paulo, Amaury Portugal, também lamentou a morte de Duvanier, mas disse que o governo não pode parar. "Esperamos agora negociar nossas demandas com a secretária", afirmou. 

Fonte: Agência Estado

Novo ministro da Educação será Mercadante

Mercadante será substituído por Marco Antônio Raupp (Foto: AFP)

O ministro da Educação, Fernando Haddad, deixará o governo na próxima terça-feira (24), informou hoje a Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto. Haddad será substituído pelo atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. De acordo com a secretaria, o atual presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antônio Raupp, assume a pasta de Ciência e Tecnologia no lugar de Mercadante.

Em nota, a presidente Dilma "agradece o empenho e a dedicação do ministro Haddad à frente de ações que estão transformando a educação brasileira e deseja a ele sucesso em seus projetos futuros". "Da mesma forma, (a presidenta) ressalta o trabalho de Mercadante e Raupp nas atuais funções, com a convicção de que terão o mesmo desempenho em suas novas missões".

Na próxima terça-feira (24), serão realizadas a posse e a transmissão de cargo dos novos ministros. Um dia antes, o Palácio do Planalto prepara um grande evento de bolsas do ProUni - Programa Universidade Para Todos para marcar a saída de Haddad do governo. No mesmo dia, está prevista uma reunião ministerial, à qual devem comparecer Haddad, Mercadante e Raupp.

Fonte: Yahoo

Morre Duvanier Paiva, secretário de recursos humanos do Planejamento

O secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira morreu na noite desta quarta-feira (18/1), aos 56 anos, após sofrer um infarto. Em nota, a ministra Miriam Belchior disse ter recebido a notícia com "profundo pesar" e ressaltou o trabalho de Duvanier como "defensor incansável da democratização nas relações de trabalho, promotor do diálogo e profissional dedicado".


O velório será realizado no cemitério Campo da Esperança, Capela 2, a partir de 12h30. Às 15h, o corpo será levado para São Paulo.



Fonte: Correio Braziliense

Isso após uma oficina sobre carreira do funcionalismo público na qual a nossa FASUBRA teve destacada participação e considerada com avanços importantes.