segunda-feira, 28 de maio de 2012

CUT representa 46,6% dos trabalhadores associados a sindicatos filiados a centrais sindicais

Índice foi divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Ministério do Trabalho
Escrito por: Marize Muniz

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) registrou índice de representatividade de 36,79% segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Diário Oficial da União. Mais uma vez, o índice da CUT foi bem superior ao da segunda colocada, que ficou com 13% - veja dados abaixo.

Os dados confirmam os acertos das políticas da CUT, como as lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores, pela organização sindical, isenção do imposto de renda na PRL, fim do Fator Previdenciário, contra a terceirização que precariza, dentre outras.

É importante esclarecer, no entanto, que a apuração do MTE leva em consideração apenas o total de trabalhadores que os sindicatos filiados a cada central têm em seu quadro de sócios.

Segundo o levantamento, o Brasil tem hoje 7.253.768 trabalhadores associados a sindicatos que são filiados a centrais sindicais - estão fora deste cálculo os mais de 8 milhões de trabalhadores associados a sindicatos independentes, ou seja, não filiados a centrais sindicais ou de sindicatos que não conseguiram registro sindical no ministério.

Atualmente, contando todos os sindicatos filiados, de fato, a CUT, a representação da central é a seguinte: as 3.438 entidade filiadas têm um total de 7.464.846 sócios e representam uma base é de 22.034.145 trabalhadores – somando os não associados aos sindicatos.

Veja os índices de representatividade apurados este ano:

- Central Única dos Trabalhadores (CUT) - 36,79%;

- Força Sindical - 13,7%;

- União Geral dos Trabalhadores (UGT) – 11,3%;

- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) – 9,2%;

- Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) – 8,1%.

Somados os índices das centrais (79,09%), conclui-se que a CUT representa, oficialmente, 46,6% dos trabalhadores associados a sindicatos filiados as centrais.

Mas, é importante lembrar que, estão fora deste cálculo os mais de mil sindicatos CUTistas que ainda não conseguiram registro no MTE.

A CUT, segundo o ministério tinha em 31 de dezembro de 2011, 2.168 sindicatos filiados, a Força1.708, a UGT 1.046, a CTB 566 e a Nova Central, 942.

O levantamento de dados sobre a representatividade sindical está previsto na Lei nº 11.648, de 2008, que reconheceu legalmente as centrais sindicais. A apuração é feita com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais. Só entram nos cálculos da taxa de proporcionalidade (TP), as centrais que no ano-base de referência atingiram os requisitos legais. 

A Lei 11,648 determina que, para ser reconhecida, a central deve atender a alguns requisitos. Entre eles: 1) a filiação de no mínimo 100 sindicatos distribuídos nas cinco regiões do país; 2) filiação em pelo menos três regiões do País de, no mínimo, 20 sindicatos em cada uma; 3) deve ter sindicatos filiados de, pelo menos, cinco setores de atividades econômicas; 4) e filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional.

Fonte: cut.org.br

DE EX A ANTI-ESQUERDISTAS

ISAAC DEUTSCHER tem um artigo que ele intitula "DE HEREGES A RENEGADOS", delineando o caminho de gente que começa rompendo com teorias e posições esquerdistas, para terminarem como furibundos anti-esquerdistas. São figuras que povoam a direita de todo o mundo, ao longo do tempo.

Alguns se valeram do stalinismo para terminarem condenando a Lenin e, finalmente, a Marx e ao marxismo. Não por acaso uma proporção não desprezível deles teve origem trotskista, para absolutizar o ?totalitarismo stalinista?, passando a identificá-lo com o nazismo e dali estão já a um passo do liberalismo e do anti-comunismo.

HÁ OS TIPOS PADRÃO, OS QUE FORAM DE ESQUERDA, MILITANTES MESMO, DE REPENTE ?SE ARREPENDEM?, LARGAM TUDO, RENEGAM, DENUNCIAM SEU PASSADO E SEUS COMPANHEIROS, OS ÍDOLOS EM QUE ACREDITARAM CEGAMENTE, PARA SE ENTREGAR DE ARMAS, BAGAGENS E, FREQUENTEMENTE, EMPREGO, PARA A DIREITA.

ALGUNS SE MANTÉM NA ESQUERDA, NO SEU ESPAÇO MAIS MODERADO, COM UM TOM
FORTEMENTE ANTI-ESQUERDISTA, DENUNCIANDO O QUE NÃO SERIA ?DEMOCRÁTICO?
EM CORRENTES DA PRÓPRIA ESQUERDA. SÃO ADEPTOS FORTES DE ALIANÇAS COM CORRENTES DO CENTRO E MESMO DA DIREITA, TENDEM A DILUIR AS DISTINÇÕES ENTRE DIREITA E ESQUERDA.

Outros, os casos mais conhecidos, se tornam militantes da direita, de suas correntes mais fundamentalistas, no velho estilo anti-comunista da guerra fria. Ganham espaços na mídia de direita, desde direção de revistas a colunas em jornais, convites para a televisão, como prêmio pela sua adesão.

HÁ AINDA ESCRITORES, INTELECTUAIS,MÚSICOS, DECADENTES, EM TRISTE FIM DE CARREIRA, QUE ABANDONAM POSTURAS REBELDES QUE TIVERAM NO PASSADO PARA SUBMETER-SE AOS DONOS DO PODER E DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM TROCA DE ESPAÇOS PARA ESCREVER, PRÊMIOS,ELOGIOS, QUE CONFIRMAM SUA PERDA DE DIGNIDADE NO FIM DA CARREIRA.

Por: Emir Simão Sader - Graduado em Filosofia pela USP, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP. Na USP foi professor. Foi pesquisador da Universidade do Chile e professor de Política na Unicamp.
Fonte: www.jornaldodiase.com.br - Aracaju-Se - 26/05/2012.

PROFESSOR DA UFU É CONDENADO POR NÃO DAR AULAS

O professor do curso de Direito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Renato Costa Dias teve decretada a perda do cargo pela Justiça Federal, em primeira instância, na nessa sexta-feira (30/9). “Por não dar as aulas e receber o salário, foi considerado que o professor teve um enriquecimento ilícito. Ele também terá de devolver o que recebeu”, disse o juiz Gustavo Sorato. Cabe recurso. A reportagem é do Correio de Uberlândia.

O pedido de exoneração foi feito pelo Ministério Público Federal e o processo corre desde 2006, quando o MPF instaurou procedimento para investigar as reclamações das frequentes faltas do docente. Segundo o MPF, o professor faltou por meses seguidos, durante dois anos, às aulas que deveria ministrar nas turmas do 4º ano do curso. A Universidade entrou com um pedido de afastamento em 2008, porém o professor encaminhou uma proposta de reposição da aula e justificou as faltas sendo motivos de saúde. Embora tenha se proposto, conforme o MPF, o professor continuou faltando.

O professor foi afastado do curso de Direito em 2010, com a ação de improbidade administrativa em andamento, e começou a dar aulas na Faculdade de Administração da UFU. De acordo com o juiz responsável pela sentença, Gustavo Sorato, o docente sequer entregou os diários de classe referentes ao ano de 2007.

Procurado pela reportagem, o professor disse não ter conhecimento da decisão judicial. “A história que tive conhecimento foi de uma denúncia, foi procedimento administrativo que virou ação judicial. A partir daí não tive mais noção”, disse. O docente ainda disse que irá se informar e ver “o que pode ser feito”. O reitor da UFU, Alfredo Julio estava em Brasília e não tinha conhecimento do caso.

Fonte: Consultor Jurídico

terça-feira, 8 de maio de 2012

Entrevista com o professor Helder Molina ao site da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul - FETEMS


Em 02/05/2012 
FETEMS:Qual é o objetivo do curso de formação sindical
Molina: Um dos objetivos principais da formação é construir novas lideranças, ajudar a construir no militante uma consciência mais solidária,mais fraterna, que nada cai do céu, que as conquistas vem em processos que muitas vezes duram longos períodos. A Formação sindical tem o papel também de renovar a militância sindical, para dar continuidade à organização e luta dos trabalhadores em defesa de seus direitos. Penso que a formação é uma ferramenta muito importante para fortalecer a ação sindical, resgatar a história de lutas de nossa classe e de nosso movimento, discutir e atualizar o debate sobre as concepções e estruturas sindicais, de ontem e as atuais, mas fundamentalmente, para mim, o papel da formação é dar conhecimento político, argumento e conteúdos para compreender o mundo, a realidade social, a luta de classes e busca de uma sociedade democrática e justa.

FETEMS: O que é prioridade na formação do sindicalista de hoje?
Molina: Estudar e conhecer a história da nossa classe e dos sindicatos. Conhecer e analisar o que é o capitalismo, a sociedade capitalista, as classes sociais, o Estado, o papel dos sindicatos, a organização e luta na defesa dos direitos dos trabalhadores.Conhecer as concepções e a estrutura sindical, os desafios atuais, as dificuldades enfrentadas hoje, pelos trabalhadores, na conquista e garantia de seus direitos. A formação também deve ensinar o dirigente sindical a planejar a gestão, definir metas e objetivos, quais ações devem desenvolver. Como se comunicar, falar em público, convencer, argumentar, como negociar, como participar nas mesas como fazer uma pauta, como conduzir uma assembléia, uma plenária, etc.

FETEMS: Qual o papel do sindicato nos dias atuais?
Molina: O sindicato deve lutar pela defesa dos direitos dos trabalhadores. O papel fundamental dos sindicatos é a luta e a negociação, na busca e garantia dos direitos sindicais, políticos, sociais e trabalhistas. O sindicato deve priorizar a organização nos locais de trabalho, estar sempre junto dos trabalhadores, ouvindo suas reivindicações, escutando suas propostas, buscando politizá-lo, trazer para a luta coletiva. Sozinho ninguém conquista nada. O dirigente sindical deve ser paciente, tolerante, ter argumentos, precisa estudar, conhecer a realidade, discutir conjuntura, entender de economia e de política, pois ele é um formador de opinião, um exemplo para os trabalhadores. A luta prática educa os trabalhadores, no cotidiano dos enfrentamentos com os patrões e os governos, mas precisa estudar, conhecer teoria, aprofundar os conhecimentos, enfim.

FETEMS: Algo mudou com o passar dos anos?
Molina: Desde o surgimento do capitalismo os trabalhadores lutam para garantir seus direitos. O capitalismo, e o capitalista, vive da exploração dos trabalhadores, a produção dos lucros vem do trabalho não pago aos trabalhadores. O trabalho do trabalhador é que produz as mercadorias, as riquezas, transforma a natureza, mas o nosso trabalho é apropriado, expropriado pelos capitalistas, pelos patrões, e nisso se assenta a exploração, a exclusão social, a miséria. A concetração de renda, a acumulação dos lucros advem dessa exploração e exclusão. Lutamos contra o capitalismo, e buscamos uma economia, Estado e sociedade em que o trabalho humano, e suas riquezas, sejam distribuidos de forma justa e equilibrada, entre os trabalhadores. Uma luta coletiva, processual, que se afirma em cada greve, cada mobilização, cada combate, nas vitórias e nas derrotas.

FETEMS: Como você percebe a participação dos trabalhadores da educação no movimento sindical brasileiro, a partir da sua experiência e da sua formação?
Molina: Desde meados da década de 1980 os trabalhadores do serviço público em geral, estão na linha de frente da organização sindical, da busca dos direitos, e na construção de um serviço público que atenda aos reais interesses da maioria da sociedade, que são os trabalhadores. Foram fundamentais na luta contra a ditadura e pela reconquista da democracia e do Estado democrático de direito no Brasil, na ideologia do Estado mínimo e mercado máximo. Tenho grande respeito, consideração e admiração pela luta dos trabalhadores da educação, e eles são fundamentais para um Estado democrático, voltado aos interesses maiores dos trabalhadores brasileiros. Acompanho por exemplo os investimentos realizados pela FETEMS na formação de seus afiliados e dirigentes, tem crescido muito, os sindicatos da educação são exemplares nisso. Uma das grandes ferramentas desses sindicatos é o conhecimento. 

FETEMS: Como as grandes bandeiras de luta dos trabalhadores da educação podem se inserir no contexto nacional do movimento?
Molina: Nas lutas permanentes, nos debates nas assembleias, na importância da formação política, nos cursos de formação, para alargar nossa visão de sociedade, superando o corporativismo e o burocratismo, que nos faz olhar para os próprios umbigos. As mesas nacionais e setoriais de negociação com o governo, os grupos de trabalhos, os avanços nas negociações com o governo, agora que temos um governo que negocia, ouve os trabalhadores, e reconstrói o Estado, que foi destruído nos tempos neoliberais, tudo isso é importante, mas não pode substituir a autonomia, a independência e a luta dos trabalhadores. Sindicato deve ser independente de partidos e do Estado, ter autonomia e se basear nos reais interesses dos trabalhadores, elevando sua consciência e reafirmando sempre que só a luta conquista direito, e que tudo que conquistamos até hoje é fruto de nossa luta e organização.

Helder Molina 
Professor da faculdade de educação da UERJ, disciplina Educação e Movimentos Sociais, Licenciado e bacharelado em História, pela UFF, e mestre em Educação, pela UFF, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana. É educador popular e sindical, assessor de formação e pesquisador sindical, estuda no doutorado o tema que vincula trabalho-educação- direitos sociais-sindicalismo e consciência de classe e capitalismo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Durante cerimônia Camila Pitanga pede a presidente do Brasil: "Veta, Dilma"

Durante cerimônia de outorga do título de doutor honoris causa ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva pelas universidades fluminense Unirio, Uerj, UFRRJ, UFF e UFRJ, no Teatro João Caetano, a atriz Camila Pitanga que apresentava a solenidade, quebrou o protocolo e surpreendeu a todos os presentes pedindo que a presidenta Dilma vete o texto do Código Florestal, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados.

Abaixo o vídeo onde Camila pede a Dilma que "vete" o Código.