segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Onde está o poder? Os(as) trabalhadores(as), o movimento sindical, e os espaços de participação política institucional

Uma questão não resolvida, ou mal resolvida, nos movimentos sociais e sindicatos, é a questão do poder. Esse tema tem causado profundos conflitos no debate sindical e popular.
 Quais devem ser as relações entre os movimentos sociais populares, partidos políticos, poder público/Estado, e instâncias de participação institucional. Participar? Não participar: Se participar, como. Essas instâncias e espaços são instrumentos privados ou públicos? Servem para os interesses privados e capitalistas? Para a cooptação, acomodação, adaptação, corrupção, traição? Ou podem ser instrumentos de interesses coletivos, públicos, portanto, de mudanças? Transformações? É sobre essa polêmica que este artigo tenta se inserir.
 Nos últimos 30 anos, a partir das lutas dos movimentos sociais organizados, e dos setores democráticas da sociedade brasileira. Superamos a ditadura militar e o Estado autoritário, colocamos na agenda política e sócia econômica as reivindicações e concepções dos (as) trabalhadores (as) sobre Estado, políticas públicas, direitos sociais, participação e cidadania.
 Nos anos 80, no processo de transição da ditadura para o Estado democrático de direito, os movimentos sociais e suas organizações retomaram a iniciativa política, não só de denúncia e resistência, mas de elaboração e proposição de alternativas. Os (as) trabalhadores (as) ocuparam a cena política e, como produto desses protagonizamos abriram-se os espaços de participação institucional e política na esfera pública, 
Portanto, a democracia que se institucional no Brasil, mesmo com todas as dificuldades, lentidão, avanços e recuos, é uma conquista política da classe trabalhadora e do povo. Contra a vontade das classes dominantes, principalmente quanto estas tinham a completa hegemonia (dominância) do aparelho do Estado (Seja união, estados ou municípios).
 No início dos anos 90, e por toda a década, sofremos um profundo e organizado ataque das políticas neoliberais, de privatizações das políticas públicas, desmonte do poder e da política, dos orçamentos e recursos destinados aos setores mais pobres da sociedade, de Estado mínimo e mercado máximo, desregulamentação dos direitos trabalhistas, crescimento das terceirizações e das precarizações das relações de trabalho, desemprego, abandono da saúde e educação públicas, crescimento do espaço privado, individualismo, da idéia de cada um por si, da propaganda, da mercadoria, do consumo, e da agressiva tentativa de esvaziamento dos espaços de participação pública, dos movimentos sociais, dos sindicatos.
 Os movimentos sociais resistiram, mas a verdade é que aquele vendaval neoliberal que varreu o Brasil, a America Latina e o mundo, nos deixou na defensiva, na resistência, e nas respostas fragmentadas e sem um projeto ou alternativa que dessa unidade e força às diversas lutas dos movimentos sociais.
 Nos últimos anos, mesmo ainda sofrendo os estragos provocados pelas políticas de mercado, de privatização e de flexibilização das políticas públicas, dominantes na década de 1990 e inicio dos anos 2000, os movimentos sociais e suar organizações resistiram e combateram na busca da participação política na vida social, de mudanças nas prioridades econômicas, no resgate do papel do Estado e do poder público, na consolidação de canais de interlocução e proposição de projetos e alternativas, na distribuição da renda, na discussão coletiva dos orçamentos públicos, enfim, de institucionalização da democracia, visando melhorar a vida da maioria da população.
 Os movimentos sociais sempre tiveram desconfiança do Estado, e, portanto descrentes ou contrários à participação e suas esferas de formulações e decisões. No Brasil, desde a colonização, o Estado sempre foi espaço e instrumento de poder das classes dominantes, das oligarquias, seja no Império, seja na República. No século XX o Estado (há não se em pequenos períodos históricos de participação dos movimentos sociais nos destinos do Estado, como no início dos anos 1960 - governo Goulart - 1961-1964).
 Portanto têm razões históricas essa desconfiança e mesmo rejeição ao Estado e suas instâncias. Muitos estudiosos e pensadores, como Marx, afirmam, com certa razão, que o Estado é um aparelho de reprodução da ideologia e dos interesses econômicos e políticos das classes dominantes. O que seria necessária uma ruptura estrutural (desmontando este e construído outro), isto é, derrubar, por abaixo este Estado capitalista, para que ele viesse a atender aos interesses da maioria do povo, que são os (as) trabalhadores (as). Outro, como Althusser, confessa sua completa descrença na transformação do Estado e das ideologias capitalistas que não fosse pela via da ruptura revolucionária.
 Com certeza, o Estado que interessa aos trabalhadores só vai surgir se desmontarmos, botarmos abaixo este Estado patrimonialista, privatizado pelas oligarquias econômicas e políticas, um verdadeiro comitê dos negócios dos empresários e suar organizações. O problema é a forma, o processo, o como fazer. Para isso temos que analisar a correlação de forças, a nossa capacitação organizativa e política de enfrentarmos essas tarefas de mudança social e econômica do Estado e da sociedade.
 A nosso ver essas rupturas e mudanças econômicas, sociais e políticas não se darão num só golpe, num ataque único e definitivo, como em certos processos revolucionários ao longo da história. Entendemos que a mudança se dará num longo processo de acúmulo de forças e de espaços conquistados, de disputas contra a hegemonia dos empresários, latifundiários e banqueiros, e seus interesses, no Estado e na sociedade. Portanto, têm que ser produto de um processo combinado de lutas, mobilizações e pressões sociais coletivas, dos trabalhadores e suas organizações políticas, dos movimentos sociais diversificados, e de avanços e conquistas dos espaços institucionais, sejam parlamentos, prefeituras, governos estaduais e federal.
 A mudança tem que combinar a luta social, luta direta, nas reais, passeatas, mobilizações, greves, marchas e pressões contra os patrões e o Estado, com a luta institucional, na participação eleitoral, com candidatos e programas que defendem os direitos e reivindicações dos (as) trabalhadores (as), sejam para as câmaras municipais de vereadores, assembléias legislativa, câmara e senado federal, seja para as prefeituras, governos estaduais e federal, e com a participação ativa nos conselhos de políticas públicas, nos fóruns de discussão do orçamento e das prioridades políticas de aplicação dos recursos públicos, nas instâncias de proposição e gestão pública.
 O Estado (aqui entendido como esfera governamental, portanto), aqui incluídas as prefeituras, e suas políticas devem ser públicas, para responder aos interesses públicos. Desprivatizar o poder, empoderar os movimentos sociais, construir os espaços públicos estatais de participação, eis uma das tarefas dos sindicatos, dos movimentos sociais.
 Num país complexo como o nosso, com profundas heranças escravistas, de exclusão dos pobres, marginalização e criminalização dos movimentos sociais, de violência institucional, de silenciamento, esmagamento e agressão aos direitos das mulheres, dos negros e negras, dos índios, dos homossexuais, enfim, marcado pelas injustiças sociais na distribuição da renda e da decisão política, mais do que nunca temos que tomar o Estado e torná-lo realmente poder público, para democratizar a economia, a política e a sociedade.
 Tomar o Estado significa retirar das mãos dos interesses privados, patrimonialistas, nepotistas, e trazê-lo para as mãos dos (as), trabalhadores (as), das crianças, dos jovens, dos adultos, enfim, da sociedade que trabalha e produz a riqueza da nação.
Não é possível mudar o mundo sem mudar o poder.
Defender a autonomia dos movimentos sociais significa dotá-los de capacidade política (empedrar) para disputar os espaços da luta social direta, combinada com as lutas institucionais. Ambas são lutas políticas. Portanto, os trabalhadores e as trabalhadores devem participar ativamente da política, pois a política que interessa à classe trabalhadora só poderá ser desenvolvida e conquistada pelas organizações (aqui incluídos os partidos políticos) que estão vinculados aos interesses e lutas concretas da classe.
 Mais do que nunca devemos participar da política, a luta sindical tem profundos limites, pois está presa às reivindicações corporativas, econômico-salariais. Na disputa política mais geral, pelos direitos dos (as) trabalhadores (as) são necessárias, fundamentais e não podem ser abandonadas. Mas devem combinar com outras lutas e reivindicações, que são obrigações do Estado (poder público).
 Os (as) trabalhadores (as) devem ter seus representantes nos parlamentos e nas prefeituras e governos. Mais que aliados, são seus representantes. Porta vozes de suas bandeiras, reivindicações, projetos e alternativas. Numa democracia representativa, que tem hegemonia das classes dominantes, mais do que nunca devemos ampliar as esferas da participação, da cidadania e da democracia popular. Sim, devemos lutar para construir uma democracia popular, um projeto das maiorias, dos setores populares.
 Esses espaços de participação também são espaços de formação política, de desenvolvimento de uma cidadania ativa, consciente, concreta, vinculada aos interesses de classe. Os sindicatos negligenciam os fóruns e conselhos de participação, ainda desconfiados sobre sua eficácia e capacidade de resolver problemas concretos da população. È a desconfiança de que falamos anteriormente.

Centenas de conselhos, espaços, fóruns e instâncias institucionais, políticas, governamentais, que discutem o orçamento público, que definem onde aplicar os recursos advindos dos impostos cobrados, em sua maioria, dos (as) trabalhadores (as), está ocupado apenas pelos empresários e pelos burocratas estatais. Estes, com certeza, discutem e aprovam nesses espaços os seus interesses particulares, as suas prioridades, silenciando a voz dos mais pobres, calando as reivindicações dos movimentos sociais.
 Pela ausência dos movimentos sociais (aqui incluídos os sindicatos), acontecem os desvios de verbas públicas, a corrupção, o roubo desenfreado da riqueza produzida pelo trabalho dos (as) trabalhadores (as). Quando os (as) trabalhadores (as) ficam de costas, às escondidas se praticam o nepotismo, o empreguismo, o leilão do dinheiro público, a privatização, a corrupção, enfim. Pense nisso.
 Pense e se mexa. Cidadania ativa, discussão do interesse da cidade, governar os desejos coletivos, eis uma das tarefas fundamentais colocadas aos sindicatos, além do salário e do emprego. Que acha disso?
 Isso sim significa República, "res" (coisa) pública, consciência política, agir coletivamente, responder à importância e a centralidade de participação das bases, construir o poder popular de baixo para cima, romper com as velhas estruturas apodrecidas do Estado, do poder público, da política e da economia. Enfim, no concreto significa erguer novas estruturas sociais, consolidando a distribuição da renda, da participação, da democracia.
 Os sindicatos, os movimentos sociais, os (as) militantes, atividades, dirigentes, devem pensar nestas questões, mesmo que discordando, mas debatendo, formulando alternativas. Um pé no movimento concreto e nas lutas da classe, outro pé na disputa pelo Estado.
 Sem perder a autonomia em relação aos partidos políticos, aos patrões e ao Estado (seja prefeito, governador ou presidente da República). Governos, partidos políticos e movimentos sociais. Cada um destes tem seus papéis diferenciados. Importante não misturar os papéis, pois isto gera, entre outras coisas, crise de identidade, confusão, adaptação, cooptação, burocratização, enfraquecimento, corrupção, enfim sem perder a independência de classe, instrumento fundamental para construção de nossa identidade, nossas lutas e nossas vitórias. Quando Marx diz que  emancipação dos (as) trabalhadores (as) será obra dos próprios trabalhadores, cabe perguntar:  Como?
Helder Molina
Educador sindical, assessor de formação da CUTRJ, assessor em formação política e planejamento
institucional, historiador, Mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas

Espiões por todos os lados: a infiltração nos movimentos sociais

Agentes infiltrados nos movimentos sociais ingleses vem das forças oficiais da polícia, mas também de empresas privadas contratadas por grandes corporações. No início de janeiro deste ano, pouco antes de seis ativistas irem à julgamento por tentarem fechar uma usina termoelétrica em 2009, Mark Kennedy, um policial infiltrado entre o grupo de manifestantes, mudou de lado e resolveu prestar depoimento em favor dos acusados. O caso foi suspenso e uma série de revelações envolvendo espionagem policial entre ativistas ingleses veio a público. O artigo é de Wilson Sobrinho.

Serviços de investigação privados estão sendo utilizados por corporações britânicas para manterem-se informadas a respeito das atividades dos movimentos sociais. A revelação da semana passada do jornal londrino The Guardian ocorre um mês depois do início de uma crise envolvendo a polícia britânica em função do uso de agentes secretos infiltrados entre ativistas e ONGs. Documentos revelados pelo jornal inglês mostram que pelo menos três companhias de energia com sede nas ilhas britânicas contrataram os serviços de uma empresa privada de investigação para monitorar os passos de grupos que iam de ambientalistas como London Rising Tide e Plane Stupid, focado na aviação, até movimentos contra o comércio internacional de armas, como o Campaign Against Arms Trade, de Londres. (1) 
Por pelo menos três anos, pessoas ligadas à empresa Vericola, com sede no sudeste da Inglaterra, fingiram ser apoiadores de causas ecológicas e políticas para ganhar acesso a manifestações, reuniões e listas de discussões que de outro modo seriam restritas a ativistas. A descoberta da infiltração só aconteceu em função de um e-mail erroneamente remetido pela gerente da empresa a alguns grupos que ela monitorava. A Vericon – que se descrevia como um grupo de “gerenciamento de riscos” a negócios sujeitos a “ameaças potenciais” – negou à reportagem do The Guardian que trabalhasse com espionagem corporativa. Eles apenas juntariam informações amplamente divulgadas, remetidas aos leitores das newsletters e publicadas na internet. “Nossa cliente não obteve informação confidencial nem foi desonesta”, disseram os advogados da empresa ao jornal.
Porém, em uma das mensagens obtidas pelo The Guardian, Rebecca Todd, proprietária da Vericon, prepara um funcionário para encontrar-se com manifestantes e dá dicas sobre como se relacionar sem despertar suspeitas. “Diga que você tem problemas com a namorada. Soa melhor do que problemas com a família ou no trabalho”, aconselhou para tentar acobertar a ausência do agente das recentes reuniões. “E não diga que você está indo para Munique – obviamente eles odeiam viagens curtas de avião”, ordenou. Em outra mensagem, dessa vez enviada para um grupo de ativistas, ela teria se mostrado interessada em fazer uma “contribuição positiva ao planeta”, para logo em seguida pedir informações sobre como se reunir com o grupo. “Eu adoraria participar”, lê-se no e-mail obtido pelo jornal.
Pelo menos uma das companhias citadas admitiu usar os serviços da Vericon no passado. “Como uma grande empresa que tem sido alvo de numerosos protestos ambientais, alguns dos quais violentos, nós temos por obrigação cuidar de nossos empregados e mantê-los seguros”, manifestou-se através de um porta-voz uma das companhias, a E.ON, fornecedora de gás e energia elétrica (2). Porém, eles afirmam que estavam interessados apenas nas informações publicamente disponíveis e que não requisitaram e não se responsabilizam por eventuais excessos cometidos por seus prestadores de serviços. Embora não existam provas de outros casos, uma semana antes de o The Guardian publicar a reportagem, o presidente da Associação dos Chefes de Polícia (Acpo), sir Hugh Orde, havia criticado o “descontrolado e irrestrito” papel do setor privado no ramo de inteligência (3). 
Não se sabe se Orde tinha informações de que o The Guardian estava prestes a revelar a bisbilhotagem patrocinada por mega-corporações. O que se sabe é que ele estava se defendendo da outra crise, essa envolvendo o governo. No início de janeiro deste ano, pouco antes de seis ativistas irem à julgamento por tentarem fechar uma usina termoelétrica em 2009, Mark Kennedy, um policial infiltrado entre o grupo de manifestantes, mudou de lado e resolveu prestar depoimento em favor dos acusados. O caso foi suspenso e uma série de revelações envolvendo espionagem policial entre ativistas ingleses veio a público. (4)
À revelação da verdadeira identidade de Kennedy, agente duplo desde 2000, seguiu-se uma lista de outros agentes infiltrados em grupos de ecologistas pela Inglaterra. Entre eles, o caso de um agente que teria revelado o disfarce para uma ativista do Reclaim The Steets antes de se casar com ela. Uma manifestação no final do mês de janeiro reuniu em Londres um grupo de mulheres ativistas descontentes com as táticas da polícia inglesa, principalmente pelo fato de que alguns policiais estariam usando suas posições para fazer sexo com as manifestantes. “A polícia sabia o que estava acontecendo ou até mesmo encorajou?”, perguntou uma ativista que teria mantido relações sexuais com Kennedy ao longo de um ano. “Se ele estava mantendo segredo da polícia então é diferente. Mas eu acho que ele tinha tantos amigos e relações com pessoas do movimento que eu preciso questionar se era uma tática – ou parte de sua tarefa – para se tornar mais respeitado e ganhar confiança dentro do grupo”, disse a mulher, identificada apenas como Anna. 
A Acpo reconheceu por meio de um porta-voz que “sob nenhuma hipótese” é permitido aos agentes manter relações com as pessoas vigiadas. “É grosseiramente anti-profissional”. Porém defendeu o uso de agentes secretos em meio a ecologistas, alguns deles “dispostos a causar danos, cometer crimes, e em algumas ocasiões desabilitar partes importantes da infraestrutura do país”, afirmou o porta-voz. (5) Na semana passada, Orde defendeu que juízes autorizem a decisão de infiltrar um agente secreto em um grupo sob vigilância como forma de restabelecer a confiança do público nos serviços de inteligência.


(2) http://www.heraldscotland.com/news/transport-environment/campaigners-mock-energy-firms-over-spy-investigations-1.1085549 
(3)http://www.acpo.police.uk/ExternalLinks/SirHughOrdeSpeechtoLiberty.aspx
(4) http://www.bbc.co.uk/news/uk-12148753 
(5) http://www.bbc.co.uk/news/uk-12238445

Texto retirado do site CARTA MAIOR

Marx e a crítica ao modo de produção e à sociedade capitalista

Helder Molina
profesorheldermolina@gmail.com

As bases do pensamento de Marx:
...As 3 fontes: Filosofia, política e economia...
n:: Filosofia alemã  
(Hegel, Bauer e Feuerbach...) 
:: 
Socialismo utópico francês e anarquismo (
Saint Simon, Owen, Fourrier, Proudhon...) 
:: 
Economia política clássica inglesa 
(Adam Smith, David Ricardo...)

A interpretação dialética:
n:: Analisa a história como um movimento ;
n:: Movimento conseqüente das próprias ações dos homens ;
n:: Reflexão crítica sobre a realidade ;
n:: Somente a dialética consegue apreender os movimentos do real ;
n:: Papel central do pensamento na apreensão do real ;
n:: O pensamento está inserido no próprio real.

A infra-estrutura como base da sociedade:
n:: Todo o sistema de pensamento de Marx é erigido a partir do modo de produção capitalista ;
n:: A anatomia da sociedade deve ser procurada na análise das relações de produção.

O modo de produção capitalista:
n:: É composto pelos meios de produção e as relações de produção ;
n:: Meios de produção: Maquinas, ferramentas, tecnologia, força de trabalho ;
n:: Relações de produção: Somente por meio delas se realiza a produção. Elas variarão de acordo com os meios de produção. São as próprias relações e organizações entre os homens ;
n:: É apenas no intercambio entre relações de produção e forças produtivas que se transformam em capital, somente por meio do trabalho tal relação é concretizada ;
n:: As relações de produção condicionam as relações sociais ;
n:: O capital é também uma relação social de produção. Relação de produção da sociedade burguesa .

O capital como relação social de produção
:: O capital não se constitui somente como meio de subsistência, de instrumento de trabalho e de matéria prima;
n:: Forma o chamado valor de troca, em que todos os produtos de que ele se constitui são mercadorias.

A mercadoria
:: Unidade básica do MPC, pela qual se erige o sistema capitalista;
n:: Valor de Uso: Utilidade da mercadoria (Qualitativo) ;
n:: Valor de Troca: Pode ser trocada por uma porção de outra mercadoria (Quantitativo);
n:: Todas as mercadorias são produto da cristalização do trabalho humano e que o valor de troca é proporcional a quantidade de trabalho humano investido em cada uma dessas mercadorias.

A troca
:: É a própria troca entre mercadorias; assim o valor de uma mercadoria se exprime em uma mercadoria diferente;
n:: O dinheiro para Marx é como uma outra mercadoria qualquer. O dinheiro é visto como o equivalente universal de troca.

O segredo da mercadoria
:: Os homens em sociedade (capitalista) têm relações humanas em vista da produção das mercadorias, mas seus trabalhos organizados adquirem a forma de uma relação social dos produtos do trabalho;
n
:: 
Isso significa que produzem mercadorias e só se comunicam entre si por intermédio dos produtos do trabalho, ou seja, por intermédio das mercadorias ;
n
:: 
Expressão da supremacia do Valor de Troca sobre o Valor de Uso. É a mercantilização de todas as relações sociais.

A exploração capitalista sobre o trabalhador
:: Mais Valia: é a quantidade de trabalho não paga ao trabalhador;
n
:: 
Duas formas de extração da mais-valia ;
n
:: 
Absoluta: Aumento da jornada de trabalho ;
n
:: 
Relativa: Aumento da intensidade do trabalho. Que pode se dar pelo incremento de tecnologia na produção, aumentando a produtividade da produção;
n
:: 
O valor da força de trabalho e a mais-valia variam em direções opostas ;
n
:: 
É só por meio da exploração da força de trabalho que o Capital consegue reproduzir seu ciclo: M-T-M’ e D-M-D’ ;
n
:: 
Somente o trabalho humano gera valor, por isso a necessidade do capitalismo explorar o trabalho .

Duas características do MPC
1) A mercadoria constitui o caráter dominante e determinante dos seus produtos. Assim os agentes deste modo de produção (burgueses e proletários) são vistos como encarnações do capital e do trabalho assalariado. (trabalho concreto e trabalho abstrato);
n2) Produção da mais-valia: finalidade direta e o móvel determinante da produção.

As contradições do Modo de Produção Capitalista - MPC
:: As duas características do MPC não podem ser compreendidas por si só, mas como produtos das relações de produção que produzem o capitalismo. Assim entre o operário e o capitalista existe uma contradição, que é produzida desde o princípio de suas relações;
n
:: 
A contradição inicia-se logo no início do sistema capitalista, quando produtor e meios de produção são separados . A própria apropriação desigual do trabalho está na base desta contradição. O resultado do trabalho alienado não pertence ao trabalhador.

As contradições do MPC
:: A burguesia cria, sem parar, meios de produção mais poderosos. Mas as relações de produção permanecem inalteradas;
n
:: 
O regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais mercadorias, porém a miséria permanece para a maioria;
n
:: 
Os meios de produção capitalistas se transformam incessantemente, sua base é revolucionária, ao passo que os modos de produção anteriores eram essencialmente conservadores . Essa constante revolução se da às custas dos operários: pois o trabalho se torna parcelar; o próprio trabalhador não reconhece o produto do seu trabalho;
n
:: 
Uma massa de trabalhadores é despejada no chamado exército de reserva industrial, pois o próprio sistema capitalista necessita deste exército para manter os salários a um nível baixo.

A resolução das contradições do MPC
:: Para Marx os antagonismos do MPC desembocam na revolução proletária;
n
:: 
Essa revolução será resultado das próprias ações dos capitalistas, que produzirão os meios de sua destruição e seus próprios coveiros (o proletariado).

As classes sociais
nDuas classes fundamentais para entender o capitalismo :
n
:: 
Burguesia: detentora dos meios de produção;
n
:: 
Proletariado: Vendedor de sua própria força de trabalho .

O conflito da produção expresso na Superestrutura
:: O antagonismo entre burguesia e proletariado se expressa também na superestrutura. É o que Marx chama de Luta de Classes, que para além da dimensão de luta econômica existe também a luta política.

O Estado na análise de Marx
:: A luta de classes seria mera ilustração sem a análise do Estado capitalista. O Estado precisa ser compreendido como uma colossal superestrutura e o poder organizado de uma classe social em seu relacionamento com as outras.

Estado e Sociedade
:: O Estado não está descolado da sociedade;
n
:: 
O Estado é produto das contradições inerentes à própria sociedade ;
n
:: 
O Estado é a expressão essencial das relações de produção específicas do capitalismo ;
n
:: 
O monopólio do aparelho estatal, diretamente ou por meio de grupos interpostos, é a condição básica do exercício da dominação ;
n
:: 
O poder político é na verdade o poder organizado de uma classe para a opressão das outras .

Infra-estrutura e superestrutura
:: Infra-estrutura;
n:: Meios de produção ;
n:: Relações de produção ;
n:: Produção de mercadorias ;
:: Estado;
n:: Direito ;
n:: Justiça ;
n:: Religião ;
n:: Ideologias.

Infra-estrutura e superestrutura: Existência e Consciência
:: É a infra-estrutura que condiciona o modo de vida dos homens;
n
:: 
O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que determina a realidade; ao contrário, é a realidade social que determina sua consciência.

As análises de Marx para entender a contemporaneidade
:: Mercantilização de todas as relações humanas;
n
:: 
A política também se torna mercantilizada ;
n
:: 
A ciência como trabalho morto é utilizada cada vez mais para explorar o trabalhador;
n
:: 
A globalização (ou a mundialização) do capital foi um fenômeno previsto por Marx em suas análises.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Movimento sindical: o que esperar do governo Dilma

Por Antônio Augusto de Queiroz*

O movimento sindical, especialmente as centrais sindicais, passará por um grande teste no governo da presidente Dilma Rousseff, tanto na forma de relacionamento, que tende a ser mais formal e institucional, quanto no tratamento a ser dado aos trabalhadores do setor privado e da área pública, com maiores problemas em relação a estes.

A forma de relacionamento, ainda que as instâncias de participação e canais de diálogos permaneçam abertas e a Secretaria-Geral da Presidência da República continue como principal interlocutora dos movimentos sociais, inclusive o sindical, será diferente em vários aspectos da praticada durante o governo Lula.

O primeiro aspecto a registrar é que o acesso à presidente da República será bem menos freqüente e mais formal do que foi no governo Lula.

O segundo ponto a chamar a atenção é que os pleitos terão que ser muito bem fundamentados, tanto no que diz respeito aos aspectos sociais, quanto econômicos e orçamentários.

O terceiro aspecto é que os debates e negociações com vistas à formulação de políticas públicas no mundo do trabalho (setor público e privado) serão sempre mediados pelo Parlamento ou pela Secretaria-Geral da Presidência da República, o órgão encarregado da interlocução com os movimentos sociais.

Quanto aos trabalhadores do setor privado, o cenário é de relativa tranqüilidade, seja porque a economia tende a continuar crescendo e gerando emprego, seja porque não existe no horizonte qualquer risco de retrocesso nas relações de trabalho, como supressão ou flexibilização de direitos. Até mesmo na questão da previdência, se houver reforma, será para as próximas gerações, para trabalhadores ou servidores públicos que ingressarem no mercado de trabalho após a alteração constitucional.

A tendência é que o governo, ainda que parcialmente, atenda ou apóie algumas reivindicações dos trabalhadores do setor privado, como a amenização do fator previdenciário, a constitucionalização da licença-maternidade de seis meses, a punição exemplar de empregadores que praticam trabalho escravo ou análogo, a ampliação da estabilidade do dirigente sindical, entre outros.

O exemplo do salário mínimo fugiu à regra geral. O governo, que já tinha um acordo assinado com as centrais sindicais sobre o tema, preferiu não reabrir as negociações e utilizar aquela votação como efeito de demonstração, passando para a sociedade e o mercado a percepção de unidade e controle sobre sua base política e parlamentar.

Poderá, igualmente, ser classificado como exceção à regra também o caso de correção da tabela do imposto de renda, que o governo parece disposto a fixar por medida provisória, no percentual de 4,5%. A alegação é que já teria sido negociada a correção, mas o percentual seria igual à meta de inflação. As centrais, naturalmente, podem e devem contestar esse suposto acerto, até porque defendem outro percentual de correção.

Já em relação aos servidores federais dos três poderes, mesmo mantida a mesa permanente de negociação, o potencial de conflito é enorme, por força do ajuste e do choque de gestão em curso na Administração Pública.

O primeiro ponto potencial de conflito está relacionado com a não previsão de reajuste no salário dos servidores em 2011. Só haverá atualização para aqueles que já têm lei aprovada com parcela a receber ou aqueles cujos projetos prevendo algum tipo de beneficio tenham sido enviados ao Congresso até 31 de agosto de 2010.

O segundo ponto potencial de conflitos diz respeito aos cortes setoriais a serem anunciados brevemente, da ordem de R$ 50 bilhões, com a definição das áreas e setores que serão afetados. Isso poderá levar à suspensão de concursos e até adiamento da admissão de pessoas já concursadas.

O terceiro ponto potencial de conflito será a eventual prioridade do governo aos projetos elaborados e enviados ao Congresso durante o PAC-1, como o PLP 1/07, que restringe a despesa com pessoal; o PL 1.992/07, que trata da previdência complementar do servidor; e o PLP 92/07, sobre fundações estatais.

Se, eventualmente, for incluído entre as prioridades do Poder Executivo o projeto que autoriza a dispensa por insuficiência de desempenho na União, estados e municípios, o PLP 248/98, a guerra entre servidores e governo estará instalada.

É verdade que existem outros pontos de interesse dos servidores, como a regulamentação da negociação coletiva, o direito de greve, a instituição da aposentadoria especial do servidor ou até a revisão de critérios para aposentadoria por invalidez, mas que dificilmente compensarão o desgaste da eventual aprovação dos projetos listados nos parágrafos anteriores.

Alguém pode imaginar que em todo início de governo sempre há anúncios de cortes e contenção de despesas, assim como proposta de mudanças na gestão, mas nunca são levados a efeito. Podem pegar como exemplo o governo Lula, que fez uma dura reforma da Previdência, mas depois fez grandes concessões aos servidores.

Não nos iludamos. O governo Dilma não será igual ao governo Lula nas questões de gestão nem na relação com os servidores. O ex-presidente só recebeu apoio de modo incondicional dos movimentos sociais, na crise de 2005, o que o motivou a mudar sua política em relação a muitos campos, inclusive em relação aos servidores públicos.

Se o movimento sindical não criar canais de interlocução e der força aos integrantes do governo que defendam os servidores nas disputas internas, a relação entre servidores e governo será muito hostil, especialmente se os projetos elaborados no PAC-1 sobre as categorias forem incluídos entre as prioridades legislativas do governo.

(*) Jornalista, analista político, diretor de Documentação do Diap e autor dos livros "Por dentro do processo decisório - como se fazem as leis e "Por dentro do Governo - como funciona a máquina pública"

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Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais - Rua Curitiba, 786 - 2º andar, Centro - Belo Horizonte - Minas Gerais - Cep: 30.170-120 - Telefone: 31-2102-1900 - Fax: 31-2102-1902 - Correiro Eletrônico: cutmg@terra.com.br - Sitio: www.cutmg@terra.com.br - Skype: cutminas

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TRIBO NACIONAL AGORA NO TWITTER

Agora a Tribo também está no Twitter.

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Qualquer dúvida basta que entrem em contato com Wesley pelo e-mail: tribouberlandia@gmail.com


COMO USAR O TWITTER NO CELULAR
Você pode ver as atualizações na página pessoal de cada um no Twitter, além de poder se comunicar enviando mensagens diretas para cada pessoa direto pelo celular. É aqui que a diversão começa:
  • Primeiro de tudo, claro, cadastre-se no site.
  • Depois de cadastrado, vá até a página de devices (aparelhos) em seu Twitter;
  • Em Mobile Phone, coloque seu número de celular, exemplo: +55(DDD)(NÚMERO);
  • O Twitter vai pedir que você envie uma mensagem de texto com um código para um número, geralmente +447624801423 (para o Twitter ter certeza de que o número que você informou, é realmente seu);
  • Envie esse código para seu aparelho ser reconhecido (esta é a única parte em que é cobrada alguma coisa, pois você está enviando uma mensagem, quem te cobra é a sua operadora e não o Twitter). Não esqueça de colocar o + na frente na hora de enviar;
  • Você deve receber imediatamente, uma confirmação de que seu aparelho está ativado, para desligar as atualizações, é só responder a mensagem com um “off”, sem aspas.
  • Pronto, a cada atualização ou mensagem direta para seus amigos, se ele estiver com o Twitter ativado no celular, ele ficará sabendo.
O Twitter tem um limite de 250 mensagens para serem recebidas semanalmente, inicia no Domingo até no próximo Domingo.
A cada atualização de seus amigos, você receberá uma mensagem sobre o que ele está fazendo. Você pode filtrar quais amigos quer receber notificação no celular, abaixo da foto tem um link, device updates, você pode deixar Off ou On, é uma boa alternativa de se isolar daqueles amigos pentelhos… 
Na minha opinião, é uma boa idéia mandar sua namorada atualizar o Twitter a cada 1 hora para você monitorá-la, não?!
“A grande sacada é, se você tem todos os seus amigos no Twitter, quando quiser enviar uma mensagem a ele, vá até o link de Direct Messages, e envie uma mensagem, que ele receberá instantaneamente no celular, poupando uma ligação ou até mesmo um envio de um SMS comum. Livre de cobranças!”
Você também pode entrar no twitter pelo seu celular, via internet (no caso da TIM a promoção de internet 24h sai por R$0,50) aí entra no site do twitter: www.m.twitter.com e depois basta entrar com seus dados.
Por fim, você também pode atualizar seu status pelo celular, só que irá ser cobrado a mensagem enviada, já que a operadora cobra o envio de mensagens, a menos que você tenha um daqueles truques maravilhosos para enviar SMS de graça, se tiver, deixa nos comentários.
Só para constar, o Twitter, até o momento, é só em inglês e em chinês (ou japonês). 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FOTOS DO ENCONTRO DA TRIBO REGIÃO SUDESTE EM JUIZ DE FORA

Com cerca de aproximadamente 70 pessoas presentes, o Encontro contou com a participação de representantes de várias Universidades da Região Sudeste, como Uberlândia, Belo Horizonte, São João Del Rey, Lavras, São Paulo, Rio de Janeiro e, claro, Juiz de Fora.

Durante a abertura e também todo o sábado, estiveram presentes o atual coordenador geral do SINTUFEJUF e também o ex-coordenador e atual Pró-Reitor de RH da UFJF Sebastião Girardi, que também é técnico-administrativo da UFJF.

Após o almoço foi apresentado um painel em slide com a "caracterização do governo Dilma" pela Léia e também um painel sobre a MP520 pelo Paulo Henrique.

Após as explanações tiveram início os questionamentos da plenária, onde foram feitas diversas colocações, tanto sobre a EBSERH quanto sobre se no momento atual, com tantos postos terceirizados, os servidores iriam se mobilizar e parar para uma greve.

Na avaliação da Léia, é preciso tentar todos os meios de abertura de negociação com o governo e somente em último caso irmos para a greve, sendo que esta opção só se dará caso o governo não abra espaço para o diálogo e consequente negociação.

Tanto os parlamentares quanto os ministros tiveram altíssimos reajustes, não é preciso que tenhamos os mesmos privilégios, mas um mínimo de consideração se faz necessário.

Portanto, caso o governo não retome o diálogo, devemos sim partir com tudo para a greve, pois este é um instrumento legítimo de cobrança de abertura de negociação.

Veja o EIXO GERAL
- Em defesa do direito irrestrito de greve;
- Luta contra o veto do fator previdenciário;
- Luta contra a Terceirização no Serviço Público;
- Abertura imediata de concursos públicos;
- Destinação de 10% do PIB para educação;
- Aprovação da EC 29;
- Nenhum direito a menos advindos de reformas;
- Pelo restabelecimento dos direitos retirados nas últimas décadas pelos governos;
- Destinação de recursos públicos apenas para os organismos estatais;
- Pela revogação da Lei 9.632/98 e de todas as demais leis que extinguem cargos no serviço público;
- Contra qualquer forma de terceirização no serviço público e pela reposição imediata dos cargos terceirizados;
- Contra o PL 549/09 congelamento de salários;
- Lutar pela aprovação da PEC- Ascensão funcional;
- Contra o PLP 92/07 Fundação Estatal de Direito Privado;
- Contra a PEC 341 Revisão Constitucional;
- A favor PEC 270 aposentadoria por invalidez;
- A favor PEC 555 suspende a contribuição previdenciária;
- Revogação do veto fator previdenciário;
- Contra o PLP 248/98. Demissão por insuficiência de desempenho;
- Campanha de combate às práticas do Assédio Moral e a todos os tipos de assédio sexual e outros;
- Auditoria da Dívida;
- Defesa do Salário mínimo do Dieese;
- Revogação das Orientações Normativas sobre:
- Adicional de Insalubridade;
- Aposentadoria Especial.


ABAIXO, AS FOTOS DO ENCONTRO: