sexta-feira, 22 de abril de 2011

A FASUBRA ESTÁ “RACHADA”!

*Raimundo Uchôa
Na última reunião da DN da FASUBRA-Sindical, ocorrida entre os dias 15 e 16, de abril de 2011, durante os debates acalorados acerca da decisão de deflagração de greve já para o dia 25, apesar das negociações abertas pelo governo e, ainda, contrariando decisão da última plenária estatutária, um “diretor” bradou em alto e bom som que a Federação “está rachada” e por isso imobilizada!
Na verdade esse diretor, a exemplo de outros, desconhece, de fato, o quê a Federação vem fazendo, no cumprimento de seu papel, pois raramente participa de seu fazer cotidiano, encaminhando as deliberações da categoria. Por isso usufrui do bônus, que o status lhe confere, mas não arca com o ônus, que a função lhe exige!
A FASUBRA não é uma abstração! Para que exista, concretamente, ela necessita de pessoas que realizem as várias ações, que giram em torno de sua existência, a fim de que cumpra, fielmente, seus objetivos e alcance suas metas. Nesse sentido, precisa de um corpo de funcionários, de recursos materiais, de instalações e principalmente do conjunto de seus diretores(as) que, distribuídos(as) em “pastas” ou coordenações, realizem as tarefas demandadas, em função das necessidades e reclames da categoria – formada por milhares de trabalhadores e trabalhadoras.
Ora, a depender do critério empregado podemos sim concordar com o referido diretor, senão vejamos:
  1. se levarmos em consideração os quê, de fato, trabalham, procurando honrar seus mandatos, encaminhando as demandas da categoria e os quê aparecem somente para fazerem discursos inflamados, engessando as ações da Federação, aí sim tem acordo, a FASUBRA está dividida em dois blocos – as FORMIGAS e as LAGARTAS;
  2. se considerarmos os quê, verdadeiramente, agem com responsabilidade e zelo, não somente com a correta aplicação dos recursos financeiros, mas também e principalmente com relação aos destinos da categoria e aqueles quê “pouco se lixam” para gastos e, muito menos, para os desdobramentos catastróficos de suas decisões, também tem acordo, a FASUBRA está dividida entre BOMBEIROS e INCENDIÁRIOS;
  3. se observarmos, ainda, quem se comporta acima de seus interesses partidários, não se utilizando do cargo na Federação para respaldar seu partido ou central e quem tenta, a qualquer custo fazer isso, de forma a tirar proveito, obtendo vantagens para si e para os correligionários, também tem acordo, a FASUBRA está classificada entre DOADORES e SANGUESSUGAS;
  4. por último, baseado no discurso deplorável proferido por uma senhora diretora, com larga vivência e experiência no movimento sindical, poderíamos, ainda, dividir a FASUBRA em quatro subgrupos:
    1. INDECENTES – os que não têm decoro no exercício de suas funções, pois não acompanham quase nada do que vem fazendo seus pares, tendo em vista que, a partir da data em que ocuparam suas funções e até o presente momento, não assumiram um único plantão, agem portanto de forma inconveniente ou indecorosa;
    2. IMORAIS – os que agem de forma desrespeitosa e desonesta em relação aos seus pares e à própria categoria. Esse tipo costumeiramente se utiliza do discurso fácil para impressionar a categoria e pratica a desqualificação da DN, na tentativa de chamar atenção e provocar desestabilização, a fim de justificar sua ausência e inoperância. Nesse sentido pode ser considerado desonesto e libertino;
    3. INDECENTES e IMORAIS – são aqueles que, por sua própria formação ética e moral, reúnem as duas características e atuam de forma arrogante e “esperta”, aproveitando toda e qualquer oportunidade para tirarem proveito para si e para o grupo que representa. Para esses “os meios justificam os fins”! Portanto lhes faltam decência e moralidade!
    4. ISENTOS – formam a maioria dentro da Federação. Podem ser encontrados em todos os grupos. São pessoas que, no afã de honrarem seus mandatos, não medem esforços para “segurarem a onda”! Quando decidem por essa ou aquela proposta pensam no bem de todos. Lutam com afinco para elevarem e defenderem o nome da Federação em todos os fóruns que participam. São esses que garantem o equilíbrio e a existência da FASUBRA, como entidade admirada e respeitada inclusive internacionalmente. 
Como podemos observar, a FASUBRA pode sim, estar “rachada”, mas nem por isso está imobilizada, como apregoam alguns, na tentativa de macular e descredenciar quem, nesse momento, está conduzindo seu destino.
Na verdade, por detrás dessa falácia, existe uma manobra, cujo objetivo pode ser analisado sob tres aspectos, a saber:
  1. das tres coordenações gerais, duas estão ocupadas por pessoas de um mesmo coletivo (da Tribo). Portanto, a quem interessa desqualificar e/ou engessar a atual formação da DN? Sobre quem recairia o maior peso da responsabilidade pelos descaminhos da Federação, nessa gestão?
  2. a outra coordenação geral está enfrentando dissidências dentro do próprio grupo, que representa (ou frente, pois não tem unidade!). Existe uma disputa interna entre as tendências, visando, inclusive, o próximo CONFASUBRA. No início dessa gestão o coordenador desse grupo teve, inclusive, sua autoridade e legitimidade questionadas. Houve, até, arrependimentos acerca de sua escolha, em face de seu temperamento! Por isso, a quem interessa, também, desqualificá-lo e descredenciá-lo?
  3. a atual formação da DN, em face da insana votação para desfiliar a FASUBRA da CUT, resultou em uma configuração, que rebaixou dois grupos e elevou ao poder um terceiro, que não existia e cuja política focava, apenas, na ocupação de cargos. Tanto é verdade que seu cálculo, inicial, dava como certa a ocupação de duas coordenações gerais. Frustraram-se! Daí é possível compreender por que entre eles vem ocorrendo dissidências e disputas.
Diante de tudo isso se coloca um grande desafio: o de mantermos a FASUBRA muito além dessas disputas fratricidas. Não é possível admitir que uma Federação do porte da nossa sucumba, em face de interesses menores, em detrimento das inúmeras demandas, que estão colocadas nesse momento.
União, serenidade e, sobretudo, responsabilidade são qualidades indispensáveis, nesse momento em que estamos enfrentando sérios e complexos desafios. Não podemos fraquejar, nem tampouco, nos rebaixar aos patamares da INDECÊNCIA e da IMORALIDADE, como lamentavelmente já desceram alguns, que se acostumaram, ao longo dos tempos, a usarem o achincalhe, a calúnia e a difamação como armas, em defesa de seus interesses imediatistas.
Rachadas, mesmo, estão as pessoas que, travestidas de sindicalistas, não mantêm coerência entre aquilo que dizem e aquilo que fazem!
Por fim um lembrete: “alguém poderá enganar alguns, por algum tempo; mas jamais conseguirá enganar a todos, por muito tempo”! Que venha o próximo CONFASUBRA!!!
(*) Raimundo Uchôa é Coordenador de Adm. e Finanças da FASUBRA e integrante da Tribo-Pi.

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